Na última quinta-feira, 4, o perfil do ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, foi alvo de hackers, que usaram sua conta no X para divulgar mensagens suspeitas pedindo doações em criptomoedas. O governo da Itália confirmou a invasão nesta sexta-feira, 5.
Os hackers foram criativos nas justificativas para as doações. Entre os motivos listados estavam um pedido para o funeral do renomado estilista Giorgio Armani, que faleceu aos 91 anos, e o apelo para ajudar pessoas na Faixa de Gaza, uma das áreas mais afetadas pela violência entre Israel e Hamas.
Crosetto, preocupado com a situação, se manifestou na rede social dizendo: “Ontem, hackearam minha conta. É como se pudessem administrá-la ao mesmo tempo que eu. Vou pedir que bloqueiem”. Esse comentário, que foi posteriormente excluído, revelava o descontentamento do ministro com o ocorrido.
Hoje, o governo italiano divulgou um comunicado dizendo que o conteúdo postado pelos hackers não pode ser rastreado e que estão trabalhando com as autoridades competentes para garantir a segurança da conta novamente.
Essa não foi a primeira vez que o nome de Crosetto esteve associado a uma situação de golpe neste ano. Em fevereiro, ele foi vítima de um esquema em que a voz dele foi reproduzida por meio de inteligência artificial, usada para tentar enganar empresários ilustres da Itália. Os criminosos pediam que esses empresários transferissem milhões de euros para contas fora do país com a promessa de que o valor seria devolvido pelo Banco da Itália.
Entre os empresários visados estavam figuras poderosas como Marco Tronchetti Provera, presidente da Pirelli, e Patrizio Bertelli, da Prada. Apesar de muitos não terem caído nessa armadilha, pelo menos um deles transferiu 1 milhão de euros, acreditando nas falsas promessas de reembolso.
