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Smartpay, Hashdex e BlindPay sob a regulação do BC

O mercado de criptoativos está fervendo com novidades e mudanças significativas. A Smartpay, por exemplo, está ampliando seu trabalho no combate a crimes digitais, especialmente após alertas recentes do Banco Central. A intenção é proteger tanto os usuários quanto as empresas do setor, que estão cada vez mais expostas a ataques cibernéticos.

Por outro lado, a Hashdex está pisando no acelerador nos Estados Unidos. A empresa contratou quatro executivos com vasta experiência no mercado financeiro. Essa expansão é uma resposta direta à crescente demanda por produtos de investimento em criptoativos, trazendo mais segurança e regulamentação ao setor. Hoje, a Hashdex gerencia mais de R$ 8 bilhões e já tem um histórico forte com o seu ETF de índice cripto.

Em um cenário regulatório, o Banco Central do Brasil está elaborando normas inovadoras que vão tratar de stablecoins e segurança no setor. Entre as novas diretrizes, estão medidas como verificação de identidade e monitoramento de transações em tempo real. A ideia é alinhar o Brasil com práticas internacionais, aproximando-o de padrões adotados em lugares como a União Europeia.

E tem mais! Na América Latina, novas iniciativas de adoção de cripto estão ganhando destaque. A BlindPay, por exemplo, ficou em evidência por liderar soluções de pagamento com stablecoins. Já a ABToken e o Grupo Chiliz defenderam, durante o Ethereum Brasil 2025, que a colaboração regulatória e a tokenização podem ser chaves para a inclusão financeira e desenvolvimento de novas receitas.

Smartpay reforça combate a crimes cibernéticos

A Smartpay intensificou suas ações contra crimes digitais, especialmente após os últimos alertas do Banco Central sobre ataques que atingiram instituições de pagamento. A vulnerabilidade do sistema ficou evidenciada em um ataque de R$ 800 milhões que ocorreu via Pix, o que levantou grandes preocupações.

Para enfrentar esses desafios, a empresa lançou o projeto S.W.A.T – Sistema de Monitoramento Anti-Fraudes. Essa iniciativa reúne autoridades como o Ministério Público e especialistas em cibercrime, focando em rastrear transações suspeitas envolvendo criptoativos. A meta é impedir a conversão de recursos ilícitos em criptomoedas e colaborar com investigações de forma legal.

Entre os recursos usados estão a auditoria de contratos inteligentes e ferramentas para identificação de wallets relacionadas a crimes. Além disso, a Smartpay adota padrões internacionais de compliance e tecnologias como a solução Pixlink, tudo isso para acabar com a desconfiança no setor.

Hashdex amplia equipe nos EUA

A gestora de criptoativos Hashdex resolveu dar um passo importante e reforçou sua presença no mercado americano ao contratar quatro executivos de peso: Justin Taylor, Jaron Carter, Chris Eurich e Tommy Trost. Cada um deles ficará responsável por regiões estratégicas nos Estados Unidos.

O CEO Marcelo Sampaio comentou que essa expansão é uma resposta à crescente demanda de investidores por opções seguras e reguladas para investir em cripto. Os novos executivos trazem uma bagagem incrível de experiência em instituições renomadas como UBS, BlackRock e JPMorgan.

Hoje, a Hashdex já administra mais de R$ 8 bilhões em ativos e atua em nove países ao redor do mundo. Com essa nova equipe, a empresa quer fortalecer ainda mais a distribuição de seus produtos, especialmente o Hashdex Nasdaq Crypto Index US ETF (NCIQ).

ABToken reforça papel da regulação

No evento Ethereum Brasil 2025, a diretora executiva da ABToken, Regina Pedroso, ressaltou que a tokenização precisa de um ambiente seguro, padrão e comunicação constante com os reguladores. Ela apontou que desafios como interoperabilidade, compliance e cibersegurança precisam ser vencidos para que o setor se consolide no Brasil.

Regina ainda destacou a importância de se superar obstáculos, como a resistência de certos setores em adotar a tokenização imobiliária. Para ela, a solução passa por unir a expertise jurídica às operações das empresas, preparando o mercado para novas regulamentações.

Outro ponto levantado pela executiva foi a necessidade de disseminar mais conhecimento e transparência sobre o setor, que frequentemente é relacionado apenas à criminalidade. Regina também mencionou as oportunidades em ativos sustentáveis, como tokens de carbono, que podem colocar o Brasil em uma posição de destaque global em inovação.

Grupo Chiliz aposta em inovação

No Ethereum Brasil 2025, o Grupo Chiliz trouxe à tona sua perspectiva sobre a tokenização no esporte. A executiva Marina Fagali comentou que o engajamento dos torcedores precisa ser central nas estratégias digitais, criando modelos em que todos saiam ganhando.

Para Marina, a tokenização abre um leque enorme de oportunidades, permitindo que os clubes monetizem conteúdos e ativos de maneira diferente, criando uma fonte de receita contínua. Ela também defendeu a descentralização da gestão esportiva, o que possibilitaria uma participação mais ampla nas decisões financeiras do setor.

Como exemplo, ela mencionou um hackathon realizado pelo Paris Saint-Germain, que reuniu 240 desenvolvedores, além de um desafio promovido pela Chiliz no evento em São Paulo. Integrar esporte e tecnologia, segundo ela, é essencial para garantir a sustentabilidade financeira a longo prazo.

Brasil pode se tornar referência em ativos digitais

Com a regulação que está sendo elaborada pelo Banco Central para o mercado de criptoativos, o Brasil pode se posicionar de forma inovadora, especialmente no que diz respeito às stablecoins e à segurança. As novas normas envolverão exigências rigorosas, como verificação de identidade e monitoramento constante de transações, além da necessidade de reportar operações suspeitas ao COAF.

O advogado Eduardo Maurício, especialista em direito penal, afirma que essas regras colocam o Brasil em conformidade com as diretrizes internacionais do GAFI e criam um alinhamento com modelos de outros locais, como a União Europeia, que já adotou o regulamento MiCA.

Essa abordagem não só fortalece o combate a crimes financeiros, mas também aumenta a credibilidade do sistema financeiro nacional. Além disso, ao adotar essas práticas, o Brasil tem tudo para se tornar um verdadeiro líder global em ativos digitais regulados, incentivando a confiança de investidores e fomentando a economia digital.

BlindPay ganha destaque em relatório

A BlindPay se destacou em um relatório da Dune Analytics, sendo reconhecida como um dos principais nomes em pagamentos que usam cripto. A plataforma oferece uma API que facilita a integração de stablecoins em transações do dia a dia, como remessas e salários.

O estudo mostra que o uso de criptomoedas na América Latina evoluiu, deixando de ser apenas uma especulação e se transformando em uma parte essencial da infraestrutura financeira. As stablecoins, em particular, já representam mais de 90% das transações em exchanges em países que enfrentam inflação e problemas de desvalorização cambial.

Para o CEO Bernardo Simonassi, esse reconhecimento reafirma a missão da BlindPay de democratizar os pagamentos internacionais, solidificando-se como um neobank cripto e ampliando a inclusão financeira com uma tecnologia acessível e segura.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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