Bitcoin recua para US$ 111 mil; Ethereum tem mínima em 7 semanas
Os gráficos das principais criptomoedas seguem no vermelho nesta quinta-feira, dia 25. As perdas, que começaram na segunda-feira, se intensificaram após uma grande liquidação que abalou o setor cripto em 2025.
Atualmente, o Bitcoin (BTC) está valendo cerca de US$ 111.813, apresentando uma queda de 0,9%. Em termos de real, a moeda passou da faixa dos R$ 600 mil, em que ficou por boa parte do ano, e agora está ao redor de R$ 595.987.
As altcoins, por sua vez, estão enfrentando quedas ainda mais expressivas. Moedas como BNB, Solana, Dogecoin e Cardano registraram perdas superiores a 3%. O Ethereum (ETH), que caiu 3,4%, agora vale menos de US$ 4 mil, atingindo seu menor preço em sete semanas, cotado a US$ 3.993.
Essa desvalorização do Ethereum coincide com uma diminuição nos fluxos institucionais e alguns sinais técnicos que indicam pressão no curto prazo. Rachael Lucas, uma analista cripto da BTC Markets, comentou que mais liquidações podem ocorrer se o preço do Ether cair abaixo de US$ 3.800.
Desde o início da semana, cerca de US$ 300 milhões foram retirados dos ETFs de Ether negociados nos Estados Unidos. Em setembro, as entradas líquidas nesses produtos somam apenas US$ 110 milhões, uma queda drástica em comparação com agosto, quando esse valor superou US$ 3,8 bilhões.
Apesar desse cenário, o volume de Ether disponível nas exchanges caiu para o menor nível em nove anos. Isso indica que alguns investidores estão aproveitando a baixa dos preços para montar suas posições de longo prazo.
Nassar Achkar, diretor de estratégia da CoinW, vê isso como um sinal de confiança crescente nas perspectivas de longo prazo do Ethereum. Ele acredita que essa movimentação pode causar um choque de oferta no futuro, à medida que mais investidores, tanto grandes (as chamadas “baleias”) quanto pequenos, busquem a autocustódia e apostem em rendimentos de staking em vez de negociações rápidas. Isso, segundo ele, pode preparar o terreno para um novo rally do ETH rumo a novas máximas.