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PayPal e Spark firmam parceria para ampliar liquidez do PYUSD

A PayPal se juntou ao protocolo de finanças descentralizadas (DeFi) chamado Spark para dar um impulso à sua stablecoin atrelada ao dólar, a PayPal USD (PYUSD). Essa aliança promete expandir a liquidez dessa moeda digital, que já vem chamando a atenção desde seu lançamento.

De acordo com um anúncio recente, a PYUSD já acumulou mais de US$ 135 milhões em depósitos desde que entrou para o mercado do SparkLend, um espaço de empréstimos focado em stablecoins, que começou a operar em agosto. O SparkLend se originou do ecossistema MakerDAO e agora é parte da Sky, sua sucessora. Para garantir essa operação, ele utiliza a Spark Liquidity Layer, que conta com mais de US$ 8 bilhões em reservas de stablecoins, de acordo com o protocolo.

Sam MacPherson, cofundador e CEO da Phoenix Labs, um dos principais parceiros do Spark, comentou que o PayPal optou pelo Spark justamente porque é o único protocolo DeFi capaz de canalizar capital ativamente para outras plataformas. Ele ressaltou que o DeFi será a base das finanças no futuro, tornando essencial focar nesse setor, que tem um grande potencial de crescimento.

O Spark atua como um protocolo de empréstimos não custodial. Isso significa que os usuários podem depositar suas stablecoins no Spark Savings e, em troca, recebem tokens de rendimento que não são reajustáveis. Esses tokens, conforme destacado pela Messari, mantêm um saldo fixo, mas seu valor aumenta ao longo do tempo, com rendimentos definidos pela governança da Sky, que são sustentados pelas receitas do protocolo. O PYUSD foi incorporado ao SparkLend depois de uma avaliação de riscos.

Mercado de stablecoins em expansão

Com a nova regulamentação de mercados em criptoativos (MiCA) da Europa prestes a entrar em vigor em janeiro e a aprovação da regulação de stablecoins nos EUA já acontecendo com o Genius Act, o mercado de stablecoins está em crescimento acelerado.

Dados da DefiLlama mostram que a capitalização de mercado das stablecoins está quase alcançando US$ 300 bilhões, um aumento impressionante de mais de US$ 90 bilhões desde o começo do ano. Essa expansão não é à toa, pois a demanda por stablecoins que rendem também está crescendo. Por exemplo, stablecoins como o USDe da Ethena e o USDS da Sky tiveram um forte desempenho, com o fornecimento do USDe crescendo 70% e o do USDS aumentando 23% desde 18 de julho, quando o Genius Act foi sancionado.

Além disso, em agosto, a Coinbase reativou seu Fundo de Bootstrap para Stablecoins, com o objetivo de injetar liquidez do USDC em plataformas DeFi, como Aave e Morpho. Embora o tamanho do fundo não tenha sido divulgado, sabe-se que ações como essa visam reforçar a participação no mercado.

Um relatório recente da Binance Research mostrou que à medida que mais pessoas adotam stablecoins, os protocolos de empréstimos DeFi estão se preparando para receber investimentos institucionais. Em setembro, os mercados de empréstimos DeFi cresceram mais de 70% no acumulado do ano, e a demanda institucional está entre os principais fatores que impulsionam esse crescimento.

Essa transição para stablecoins que geram rendimento está sendo chamada de “stablecoin 2.0”. Enquanto as stablecoins da “primeira geração”, como o USDT da Tether, se concentraram na digitalização do dólar americano, a nova geração busca trazer utilidades inovadoras, combinando liquidez com a geração de rendimento.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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