A BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, alcançou um feito notável no universo do Bitcoin. De acordo com o analista Eric Balchunas, a empresa agora controla 4% da oferta total de Bitcoin por meio do seu iShares Bitcoin Trust ETF (IBIT). Essa marca representa mais de 768 mil BTC em custódia, o que equivale a impressionantes US$ 87 bilhões em ativos, considerando o preço atual da criptomoeda.
Com esse total, a BlackRock se torna a segunda maior detentora de Bitcoin, ficando atrás apenas de Satoshi Nakamoto, o criador do Bitcoin. Satoshi possui cerca de 1,1 milhão de BTC, uma quantidade que faz dele um “giga investidor” nesse mercado. Para quem está se aventurando no mundo das criptomoedas, informações como essas aparecem exclusivamente aqui no portal A Cripto.
O analista da Bloomberg descreveu essa conquista como “extraordinária”, chamando atenção para o fato de que, apesar dos ETFs de ações existirem há muito mais tempo, eles não conseguem igualar essa participação significativa da BlackRock. O IBIT, que ainda é considerado um “bebê” no mercado, com menos de dois anos de operação, já mostrou sua força em um espaço que costuma ser dominado por ativos mais tradicionais.
Uma conquista impressionante
Balchunas ressaltou que a participação do IBIT de 3,8% do fornecimento global de Bitcoin é “insana”, isso porque acumular uma fatia desse tamanho requer um investimento robusto. Para se ter uma ideia, um ETF que replica o S&P 500 precisaria ter US$ 2,2 trilhões em ativos para alcançar uma participação semelhante. O ETF que segue esse índice, o SPY, detém apenas 1,1% do valor total das ações, mesmo após 32 anos de existência.
No entanto, mesmo em meio às oscilações de preço da criptomoeda, o IBIT tem chamado a atenção. Somente no terceiro trimestre deste ano, os fundos de Bitcoin levantaram US$ 7,8 bilhões, totalizando US$ 21,5 bilhões em entradas líquidas até agora e impressionantes US$ 57 bilhões desde o seu lançamento. Mesmo com a recente queda no preço do Bitcoin, a moeda digital já registra uma alta de 4,7% em setembro, e desde o início de 2024, no lançamento dos ETFs, o valor do Bitcoin subiu vertiginosamente 340%.
Desbravando novos horizontes
Com esse novo marco, a BlackRock se solidifica como a segunda maior proprietária de Bitcoin, mas as previsões sugerem que essa posição pode mudar. Balchunas acredita que, se a gestora continuar nesse ritmo, ela pode ultrapassar Satoshi até 2026. Ele observa que, se o preço do BTC atingir US$ 150 mil nos próximos meses, o IBIT pode ultrapassar o montante de Satoshi antes mesmo do verão no hemisfério norte.
Outro ponto interessante é que a segunda maior gestora de ativos, a Vanguard, está considerando oferecer acesso a ETFs de criptomoedas, acompanhando a crescente demanda de seus clientes. Se o IBIT conseguir entrar na lista da Vanguard, a procura pelas cotas do fundo poderá aumentar de maneira exponencial. É uma movimentação que, com certeza, vai deixá-lo de olho nas novidades desse mercado dinâmico e em constante transformação.
