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Bitcoin cai para US$ 122 mil, mas analistas permanecem otimistas

Após ter alcançado novos picos históricos, o Bitcoin está passando por uma leve correção nesta quarta-feira (8). Enquanto isso, o ouro, que é considerado a sua versão física, continua a sua trajetória ascendente, rompendo a barreira dos US$ 4.000 pela primeira vez. Mesmo com esse recuo, muitos analistas permanecem otimistas quanto ao futuro da moeda digital.

Atualmente, o Bitcoin está sendo negociado a US$ 122.692, com uma queda de 2,7% em relação ao recorde de US$ 126.080 alcançado na segunda-feira, de acordo com dados do CoinGecko. Em reais, isso equivale a cerca de R$ 656.935.

Analistas afirmam que o Bitcoin ainda tem potencial para se valorizar, especialmente à medida que investidores buscam alternativas para proteger seu patrimônio em meio a incertezas econômicas, como uma possível recessão nos Estados Unidos e a desvalorização do dólar.

Gerry O’Shea, chefe de insights de mercado da gestora Hashdex, destaca que muitos investidores estão migrando para ativos que preservam valor ao longo do tempo. Ele menciona que o Bitcoin se beneficia desse movimento, especialmente por ser visto como um ativo de reserva de valor que não depende de políticas fiscais de governos.

Bitcoin e Moedas Fiduciárias

O mesmo analista acredita que o Bitcoin pode ultrapassar os US$ 140 mil até o final do ano. Isso se dá porque muitos investidores estão se inserindo na chamada “trading de desvalorização”, que é a compra de ativos que protegem contra possíveis quedas das moedas tradicionais.

As preocupações com o dólar, que tem sido a base da economia mundial desde a Segunda Guerra Mundial, aumentaram com políticas econômicas instáveis, como as tarifas elevadas impostas pelo governo de Donald Trump. Esses fatores já começaram a influenciar o aumento nos custos de outros produtos.

A situação do iene e do euro também não é das melhores, enfrentando dificuldades devido a problemas econômicos no Japão e na União Europeia.

Diante desse cenário, Dilin Wu, estrategista da Pepperstone, acredita que tanto o Bitcoin quanto o ouro podem continuar a subir. Ela prevê que o comércio de desvalorização ainda está longe de terminar, podendo se estender pelos próximos seis a dezoito meses, especialmente até as eleições de meio de mandato.

Dilin aponta fatores como o aumento dos déficits fiscais nos EUA, o nível elevado de endividamento e as baixas taxas de juros reais. Com isso, o Bitcoin começa a ser considerado como um “porto seguro digital”, ao invés de um investimento puramente especulativo.

Além disso, as entradas de capital institucional e o aumento na posse de ETFs reforçam essa visão de que o Bitcoin é uma proteção contra a desvalorização das moedas. Na semana passada, por exemplo, os produtos de investimento em Bitcoin, incluindo os fundos negociados em bolsa nos EUA, registraram seus maiores aportes líquidos da história.

A recente valorização do Bitcoin marca um retorno ao seu papel de ativo de proteção, após períodos em que sua cotação esteve atrelada a ações de tecnologia, que são mais voláteis. Agora, o ativo está atraindo um número crescente de investidores preocupados com a incerteza econômica que nos ronda.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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