Méliuz anuncia programa de recompra de ações em bitcoin
O Méliuz S.A. anunciou recentemente que seu Conselho de Administração decidiu criar um programa de recompra de ações. Essa novidade foi divulgada na quarta-feira, dia 8. Vamos entender melhor o que isso significa.
Atualmente, a companhia possui um total de 604,69 Bitcoins, que, na cotação atual, equivalem a cerca de R$ 397,3 milhões. Além disso, tem em caixa aproximadamente R$ 71,5 milhões, somando cerca de R$ 468,8 milhões em ativos líquidos. Isso é um número bem significativo! Em termos de resultados operacionais, no último ano, a empresa gerou R$ 75,6 milhões em EBITDA e R$ 47,9 milhões de lucro líquido. E vale destacar que a companhia não possui dívidas, o que dá uma boa folga financeira para essa iniciativa. O valor de mercado estimado é de R$ 479,0 milhões.
Sobre o programa de recompra de ações do Méliuz
Vamos aos detalhes desse programa:
Objetivo e efeitos econômicos: O foco principal é aumentar o valor para os acionistas. A ideia é administrar melhor o capital, criando uma possibilidade de rentabilidade maior das ações. Isso pode até resultar em um aumento da participação acionária e, caso as ações recompradas sejam canceladas, cada acionista pode ter um número maior de Bitcoins por ação.
Quantidade de ações: O programa prevê a recompra de até 9.131.725 ações ordinárias, o que representa 10% do total em circulação. Atualmente, estão disponíveis no mercado cerca de 91.317.251 ações e a empresa não possui nenhuma em tesouraria.
Preço e aquisição: As aquisições vão ocorrer através da B3, a bolsa brasileira, na conveniência da empresa. O programa também permite o uso de contratos de derivativos referentes às ações, ampliando as possibilidades de recompra.
Impacto na estrutura da companhia: Segundo os responsáveis, essa recompra não afetará a estrutura societária ou administrativa do Méliuz.
Prazo para as aquisições: O programa poderá durar até 18 meses, contando a partir da aprovação do dia 8 de outubro de 2025, com a Diretoria decidindo as datas das compras.
Instituições envolvidas: O programa contará com a atuação de Itaú Corretora de Valores e BTG Pactual como intermediários.
Recursos disponíveis: As compras serão feitas com recursos provenientes de lucros ou capital acumulado, respeitando as normativas da CVM.
Em um comunicado, o Méliuz destaca que essa decisão não trará prejuízos para as obrigações da empresa com credores e não comprometerá sua saúde financeira. Essa iniciativa reflete um movimento estratégico que pode ser interessante para quem acompanha o mercado de ações.