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BlackRock investe em stablecoins com novo fundo de reservas

A BlackRock está fazendo uma grande aposta nas stablecoins. Recentemente, a gigante de Wall Street anunciou que vai remodelar um de seus fundos do mercado monetário para focar especificamente nos emissores de stablecoins nos Estados Unidos. Essa mudança se baseia na recém-aprovada Lei GENIUS, que busca criar um ambiente mais seguro e regulamentado para esse tipo de ativo.

O fundo conhecido como BlackRock Select Treasury Based Liquidity Fund (BSTBL) vai passar por algumas alterações. A ideia é eliminar investimentos em agências, diminuir o prazo de vencimento dos títulos do Tesouro dos EUA que possui e incluir acordos de recompra overnight como ativos elegíveis. Com essas modificações, a BlackRock espera facilitar a liquidez para os emissores de stablecoins e alinhar seu fundo com as exigências da nova lei.

Jon Steel, que é o chefe global de produtos no setor de gestão de caixa da BlackRock, comentou que há uma demanda crescente entre os emissores de stablecoins em busca de soluções eficazes para gerir suas reservas. Ele acredita que essa iniciativa vai colocar a BlackRock em uma posição de destaque como gestora de ativos de reserva dentro do ecossistema dos pagamentos digitais.

Essa movimentação da BlackRock promete ter um impacto considerável no mercado de stablecoins. Para se ter uma ideia da força da empresa, seu negócio de gestão de caixa ultrapassou pela primeira vez a marca de US$ 1 trilhão em ativos sob gestão. Além disso, seus ETFs de Bitcoin e Ethereum são, sem dúvida, os mais negociados em Wall Street.

Vale mencionar que essa não é a primeira vez que a BlackRock se aventura nesse universo. Em 2022, a companhia liderou uma rodada de investimento de US$ 400 milhões para a Circle, que é a emissora da USDC. Com isso, a gestora se tornou uma das principais detentoras das reservas da Circle.

Nos últimos dias, o tema das criptomoedas esteve em alta nas discussões da BlackRock. O CEO da empresa, Larry Fink, falou sobre o desenvolvimento de uma tecnologia própria para tokenizar ativos tradicionais. Ele mencionou a necessidade de agir rapidamente e que é fundamental tokenizar todos os ativos, especialmente aqueles que envolvem vários intermediários.

Essas mudanças e o investimento em stablecoins mostram que a BlackRock está se preparando para um futuro onde as criptomoedas e ativos digitais desempenham um papel ainda mais crucial.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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