Notícias

Gemini anuncia lançamento de contratos de mercado de previsão

A empresa por trás da exchange de criptomoedas Gemini está com novidades na manga. Eles estão armando uma entrada no mercado de previsão, uma estratégia para aumentar a receita e lidar com os recentes desafios financeiros.

Recentemente, a Gemini Space Station pediu a aprovação da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA (CFTC) para criar uma bolsa de derivativos. O projeto é registrado como “Gemini Titan” e visa operar um “mercado de contratos designados”, conforme documentos disponibilizados no site da CFTC.

Além disso, a Gemini quer ser a protagonista neste novo cenário, oferecendo serviços diretamente, sem depender de parceiros. Essa iniciativa a colocaria em concorrência direta com a Kalshi e a Polymarket, duas plataformas que já atuam nesse campo e possuem regulamentação da CFTC.

Os mercados de previsões têm mostrado um crescimento expressivo, com o volume de negociações alcançando a marca histórica de US$ 2 bilhões na última semana de outubro. Isso se encaixa bem no momento em que a Gemini busca novas alternativas.

Embora a Gemini tenha um histórico nesse segmento, sua movimentação não é uma novidade. Em agosto de 2024, a empresa, dirigida pelos gêmeos Tyler e Cameron Winklevoss, enviou um feedback à CFTC sobre uma proposta de regulamentação relacionada aos contratos de eventos. Eles argumentaram que as novas regras poderiam atrapalhar o desenvolvimento desse mercado.

Se a Gemini lançar contratos de eventos nos EUA, terá que operar em conformidade com as normas da CFTC. Isso envolve seguir 23 princípios básicos, que garantem a integridade e a justiça do mercado, abrangendo desde a supervisão até a governança.

A decisão da Gemini ocorre em um momento em que a empresa enfrenta dificuldades financeiras, como a queda da receita e prejuízos significativos. Desde seu IPO em setembro, as ações caíram cerca de 49%, fechando a US$ 16,29. Isso é uma queda acentuada em relação ao preço de abertura de US$ 32.

A situação é preocupante: a empresa reportou um prejuízo líquido de US$ 282 milhões nos primeiros seis meses de 2025, quase o dobro do que teve em todo o ano passado. E a receita também caiu, somando US$ 68,6 milhões no mesmo período.

Outro ponto é que mais de 80% do volume de negócios da Gemini agora vem de clientes institucionais, o que limita o crescimento, especialmente em um mercado onde concorrentes, como Coinbase e Robinhood, conquistaram os usuários de varejo.

Essas movimentações refletem um cenário em constante mudança e ajustes necessários no mercado de criptomoedas. Assim, novas abordagens e inovações são fundamentais para a sobrevivência e crescimento das plataformas.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo