Malásia tem perdas de US$ 1,1 bilhão com furto de energia na mineração de Bitcoin
O Ministério da Transformação de Energia e Água da Malásia trouxe à tona informações preocupantes sobre perdas financeiras relacionadas ao furto de eletricidade. Segundo um relatório recente, cerca de US$ 1,1 bilhão — equivalente a 4,57 bilhões de ringgit — foram desviados nos últimos cinco anos, com grande parte desse valor vinculado a atividades de mineração de Bitcoin e outras criptomoedas.
Nesse levame, a empresa estatal Tenaga Nasional Berhad (TNB) descobriu que 13.827 imóveis estavam desviando energia de forma ilegal para suas operações de mineração entre 2020 e agosto de 2025. Essa situação, além de ser um golpe financeiro, é vista como uma ameaça à estabilidade econômica e à segurança pública, afetando diretamente o fornecimento nacional de energia.
A Malásia começou a enfrentar essas atividades clandestinas em 2018, quando as mineradoras irregulares começaram a sobrecarregar o sistema elétrico, elevando os custos. Em um esforço agressivo, as autoridades chegaram a destruir mais de mil máquinas de mineração em 2021 utilizando um rolo compressor. Esse tipo de abordagem ilustra a seriedade com que o governo está tratando a questão.
Para avançar nesse combate, a TNB criou uma base de dados interna com informações sobre proprietários e inquilinos suspeitos de envolvimento em furto de energia. Com essa ferramenta, o objetivo é rastrear locais que desrespeitam as normas e facilitar as inspeções. De acordo com o ministério, essa base é fundamental para identificar e monitorar as operações ilegais.
Fiscalização da mineração cripto
A estatal tem investido em novas tecnologias para aprimorar a fiscalização. Um exemplo é a instalação de medidores inteligentes, além do lançamento de um programa-piloto chamado “Distribution Transformer Meter”. Esse equipamento monitora os transformadores em subestações, ajudando a detectar consumos anormais que possam estar ligados à mineração ilegal.
A situação de perdas financeiras não mostra sinais de melhorar, o que levou o governo a planejar uma intensificação das ações de fiscalização e uma maior utilização de ferramentas de rastreio. O objetivo é claro: combater eficazmente o furto de energia associado a essas operações.





