Ray Dalio, o fundador da Bridgewater Associates, compartilhou recentemente que possui 1% de seu portfólio em Bitcoin. Na conversa, ele explicou suas razões para não aumentar esse percentual. Isso chamou a atenção, pois em julho Dalio já tinha sugerido que investidores considerassem diversificar entre ouro e Bitcoin, indicando uma exposição de 15% nessas duas opções, mas sem revelar suas ações específicas em criptomoedas naquela época.
Atualmente, a fortuna de Dalio gira em torno de US$ 15,4 bilhões. Portanto, os 1% que ele tem em Bitcoin equivalem a aproximadamente US$ 154 milhões, o que se traduz em cerca de 1.770 bitcoins com os preços atuais.
Dalio e sua visão sobre o Bitcoin
Ray Dalio é uma figura bastante respeitada no mundo das finanças. Além de seu trabalho com a Bridgewater, ele é autor da popular série de livros chamada “Princípios”. Em setembro, ele comentou que as criptomoedas podem repetir a trajetória do ouro nas décadas de 30 e 70, embora tenha enfatizado que elas não devem ser vistas como uma ameaça ao dólar, que continua sendo a moeda de reserva global.
Em entrevista à CNBC, Dalio declarou que já tem uma “pequena porcentagem” em Bitcoin há bastante tempo, reafirmando sua posição. O investidor, que havia sido crítico em relação às criptomoedas, demonstrou uma mudança de perspectiva em 2020, pedindo que outros investidores revissem suas opiniões sobre o assunto. Desde 2021, ele se apresenta como um defensor do Bitcoin.
Dúvidas sobre o futuro do Bitcoin
Apesar de sua pequena exposição ao Bitcoin, o bilionário ainda mantém algumas preocupações. Ele mencionou que acredita que o Bitcoin pode enfrentar dificuldades para se tornar uma moeda de reserva de grandes países. A razão? A possibilidade de rastreamento e preocupações sobre como a tecnologia de computação quântica pode impactar a segurança da criptomoeda.
Há cinco anos, Dalio expressou ceticismo em relação a grandes instituições financeiras e governamentais adotando Bitcoin de forma semelhante ao que fazem com ouro. Mas o cenário mudou e, hoje, empresas públicas detêm mais de 1 milhão de bitcoins, enquanto empresas privadas têm outros 279 mil bitcoins. Além disso, os ETFs já possuem cerca de 1,6 milhão de bitcoins em suas carteiras, e os governos estão começando a explorar suas próprias reservas.
Mesmo com várias incertezas, o fato de Dalio ter investido 1% em Bitcoin indica que ele vê valor nessa criptomoeda, mesmo que em uma fração menor do que muitos poderiam esperar. O Bitcoin continua a demonstrar um potencial enorme em diversas esferas da economia moderna, mostrando que é melhor estar presente nesse mercado do que ficar de fora dele.
