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Gaeco apreende 200 máquinas de bitcoin e prende três suspeitos

Na última terça-feira (18), um grande trabalho do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) resultou na apreensão de diversos equipamentos usados para a mineração de Bitcoin no Ceará. A operação, chamada de Endpoint, conseguiu recolher cerca de 200 máquinas que estavam utilizando energia elétrica furtada. A informação foi confirmada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE).

Essa ação contou com a colaboração dos Gaecos de Alagoas e Santa Catarina. Além das máquinas, foram apreendidos mais de R$ 50 mil em dinheiro e foram cumpridos 19 mandados de busca em várias cidades, como Fortaleza, Chorozinho, Eusébio, Maracanaú e Caucaia. A investigação inicialmente se concentrou em uma estrutura criminosa que realizava pirataria de conteúdo audiovisual, lavagem de dinheiro e o uso clandestino de energia elétrica para suas operações de mineração.

Foram emitidos cinco mandados de prisão preventiva, dos quais três foram cumpridos. Dois dos investigados ainda estão foragidos.

Bloqueio de Mais de 100 Sites Ilegais

Durante a operação, as autoridades também desativaram 14 empresas e bloquearam 118 sites que faziam parte do esquema de pirataria. Junto a isso, foi determinada a suspensão de R$ 12 milhões nas contas dos envolvidos. De acordo com o delegado Felipe Ribeiro, uma das casas invadidas abrigava duas estações de mineração utilizadas para transformar criptomoedas em dinheiro “limpo”, além de operar serviços ilegais de TV por assinatura.

A investigação trouxe à tona que o grupo tinha um jeito próprio de captar clientes, utilizando páginas em plataformas como Wix e Hostinger, além de redes sociais e aplicativos como WhatsApp e Telegram. Os pagamentos eram realizados através de sistemas de checkout online, muitas vezes utilizando laranjas para esconder a origem dos recursos.

Com o desenrolar da operação, diversos bens foram confiscados, atividades empresariais suspensas e domínios de sites como “DezPila” e “Tyflex” foram fechados, dificultando o acesso a essas plataformas ilegais.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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