Bitcoin em queda provoca reações de críticos como Taleb e Krugman
Após alcançar um novo recorde de US$ 126.250 em outubro, o Bitcoin perdeu força e caiu 33% em apenas 46 dias. Esse movimento não passou despercebido e ressuscitou as vozes de críticos que estavam um pouco em silêncio.
Um dos principais críticos é Nassim Taleb. Ele já escreveu um prefácio para o livro “O Padrão Bitcoin”, mas ao longo dos anos, mudou de posição e passou a criticar a criptomoeda. Em 2022, ele afirmou que o Bitcoin só havia subido devido às taxas de juros baixas nos Estados Unidos e em outras grandes economias.
Desde então, mesmo com essa queda, o Bitcoin ainda opera com uma alta de 339% comparado à época das declarações de Taleb, e isso em um momento em que os bancos centrais estão se esforçando para controlar a inflação.
Intercalando suas críticas com quedas acentuadas do Bitcoin, Taleb comentou a derrocada do ativo em agosto de 2024. Após uma queda de 29% em uma semana, passando de US$ 70.000 para US$ 49.500, ele disse que “o Bitcoin provou novamente que não é um ativo de proteção”. Curiosamente, esse foi o ponto em que o Bitcoin começou a subir, saltando 154% nos 427 dias seguintes.
Mesmo com a recente queda, o Bitcoin ainda está 72% acima das declarações feitas por Taleb. Contudo, na última sexta-feira (21), ele se arriscou novamente e reiterou suas críticas, dizendo que ainda ouve pessoas afirmando que o Bitcoin serve como uma proteção contra incertezas.
Paul Krugman também critica o Bitcoin
Na mesma linha, outro crítico de peso ressurgiu: Paul Krugman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia. Ele tem uma longa história de críticas ao Bitcoin, e em seu blog, mencionou o crash das criptomoedas, questionando se a queda atual é justificada por fundamentos.
Krugman, cansado demais para se aprofundar, prometeu falar mais sobre o tema em breve. Ele incluiu uma captura de tela de um gráfico que mostrava a queda de 15,7% do Bitcoin em relação ao dólar americano nos últimos 12 meses, além de compartilhar a música “Free Fallin” do Tom Petty, que traduzida pode ser vista como uma alusão à queda livre.
Vale lembrar: Krugman critica o Bitcoin desde 2011, quando a criptomoeda custava apenas US$ 7,40. Desde então, o Bitcoin valorizou 1.148.548%.
Com tudo isso, os críticos parecem ignorar que, mesmo em meio a quedas, o Bitcoin ainda registra fundos e máximas mais altos a longo prazo. Essa tendência é algo que pode ser facilmente percebido por quem acompanha o mercado de perto.





