O fundador da Strategy, Michael Saylor, compartilhou, em um evento recente, que a visão do mercado financeiro tradicional sobre o Bitcoin mudou bastante em pouco tempo. Ele destacou que oito dos dez principais bancos dos EUA agora estão envolvidos em empréstimos com criptomoedas. Isso representa uma reviravolta significativa, já que, há um ano, o ambiente era marcado por ceticismo e resistência.
Durante a Binance Blockchain Week, que aconteceu em Dubai, Saylor comentou como esses bancos deixaram de lado suas posturas negativas. “Antes, era difícil encontrar qualquer um dos grandes bancos disposto a discutir Bitcoin”, relatou ele. Essa mudança de atitude mostra que as instituições financeiras estão se adaptando e reconhecendo o potencial do ativo digital.
Um exemplo disso é a Schwab, uma empresa de serviços financeiros, que anunciou que começará a custodiar Bitcoin e oferecerá crédito utilizando criptoativos como garantia a partir do começo do próximo ano. O Citi Bank também confirmou que seguirá o mesmo caminho.
Saylor e o Bitcoin
A Strategy, criada por Saylor, possui atualmente 650.000 bitcoins, o que equivale a cerca de US$ 60 bilhões, representando 3,1% da oferta total de BTC. Por conta dessa grande participação no mercado, Saylor se tornou uma voz respeitada entre investidores institucionais. Ele tem enfatizado que a volatilidade do Bitcoin não é um problema, mas sim uma característica importante que faz parte da descoberta de preços de um ativo ainda em fase de aceitação global.
Saylor também compartilhou que sua estratégia de investimento na Bitcoin foi pensada para suportar quedas acentuadas, afirmando que a empresa poderia continuar operando mesmo com uma queda de até 90% no preço da criptomoeda. “Estamos prontos para isso. Nossa alavancagem atualmente está entre 10% a 15%, em direção a zero, o que nos dá uma enorme robustez”, disse ele.
Essas declarações mostram não só a confiança de Saylor no Bitcoin, mas também reforçam como ele se tornou uma figura central em discussões sobre a adoção de criptomoedas no setor financeiro tradicional.
