Twenty One Capital estreia na NYSE com apoio de Tether e SoftBank
A Twenty One Capital, uma empresa criada pela Tether, BitFinex e SoftBank, estreou na Bolsa de Valores de Nova York nesta terça-feira (9) com o ticker XXI. O movimento animou o mercado, mas logo dois fatores chamaram a atenção: a empresa já carrega em seu cofre impressionantes 43.514 bitcoins, tornando-se a terceira maior tesouraria desses ativos no planeta. À frente dela, estão a Strategy e a mineradora MARA. Por outro lado, as ações da XXI iniciaram sua trajetória em queda, com uma desvalorização de 24,3% logo no primeiro dia.
Twenty One Capital: Uma Potência Promissora
Apesar de ser nova no mercado, a Twenty One Capital não é uma empresa comum. A composição do seu time fundacional impressiona. Tether, conhecida pela sua stablecoin mais popular, e BitFinex, uma corretora que já está na estrada desde 2012, são parcerias de peso. No setor tradicional, o gigante japonês SoftBank, que controla ativos de aproximadamente R$ 1,8 trilhão, também marca presença. E para completar o time, a empresa conta com o apoio da Cantor Fitzgerald, comandada por Howard Lutnick, que está ligado ao comércio dos EUA.
Com essa estrutura robusta, fica claro que a XXI não é uma iniciativa passageira ou dependente do furor do Bitcoin. À frente da companhia, Jack Mallers se posiciona como um defensor fervoroso da moeda digital. Mallers tem uma história rica no ambiente financeiro, com seu avô, William Mallers, tendo sido um nome significativo na Bolsa de Chicago na década de 60, ajudando a moldar o que vemos hoje.
A Rivalidade com a Strategy
Atualmente, a Twenty One Capital possui 6,5% do volume total de Bitcoin em comparação com a Strategy, mas isso pode mudar. Se a empresa conseguir aumentar suas reservas, pode se transformar em um verdadeiro concorrente da Strategy, liderada por Michael Saylor. Essa expectativa gera uma grande curiosidade no mercado.
A XXI tem uma filosofia que se distancia das práticas financeiras tradicionais, criticando o atual sistema que, segundo eles, opera com uma mentalidade de crescimento infinito e falta de transparência. O Bitcoin, – afirmam – é o oposto disso: finito, claro e à prova de fraudes. Assim, a empresa se propõe não a buscar proteção no sistema financeiro, mas a rejeitar suas armadilhas.
Com essa abordagem, a Twenty One Capital já provoca reflexões importantes sobre o futuro das finanças e o papel das criptomoedas nesse cenário.





