Após uma semana cheia de altos e baixos, o Bitcoin voltou a brilhar nesta quarta-feira (10). O preço da criptomoeda deu um salto de 3,1%, alcançando a marca de US$ 92.886. No Brasil, isso significa que o Bitcoin está cotado a R$ 503.874, um número que nos lembra do potencial deste ativo.
Esses ganhos surgem em um dia crucial para o mercado financeiro, já que o FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto) se reunirá para discutir a nova taxa de juros dos Estados Unidos. A expectativa é alta — muitos analistas acreditam que veremos o terceiro corte de juros do ano.
A ferramenta CME FedWatch indica que há quase 90% de chance de que o Fed anuncie um corte de 25 pontos-base hoje. Se isso realmente acontecer, é provável que o mercado de criptomoedas possa surfar numa onda de boas oportunidades. Juros mais baixos tornam investimentos mais conservadores, como títulos públicos, menos atraentes. Isso faz com que os investidores busquem alternativas com maior potencial de ganho, como ações e criptomoedas.
É por isso que o pessoal do mundo cripto está ligado nas decisões do Fed. Um corte nas taxas pode não só aumentar a liquidez no mercado, mas também melhorar o apetite ao risco, o que deve ajudar a empurrar para cima o preço do Bitcoin e de outras criptos.
O Que Vem a Seguir no Mercado?
Entretanto, é importante observar que a alta das criptomoedas entre a tarde e a noite de terça-feira pode significar que os traders já precificaram esse possível corte. Isso, por sua vez, pode limitar a valorização após o anúncio — uma situação clássica de “compre no boato, venda no fato”.
O analista André Franco, da Boost Research, ressalta que a fraqueza do dólar e a expectativa de mais liquidez estão alimentando o interesse por criptoativos. Para ele, isso pode levar a um crescimento modesto ou, pelo menos, manter um período de consolidação nos preços. No entanto, ele também alerta que uma queda não está descartada, especialmente se Jerome Powell, presidente do Fed, adotar um tom mais duro contra a inflação, o que poderia aumentar o medo dos investidores e pressionar o preço do Bitcoin.
Mudanças à Vista no Fed?
Independente do que Powell disser, os dias dele à frente do Fed parecem estar contados. O mandato dele vai até maio de 2026, mas Donald Trump já deixou claro que gostaria de substituí-lo por outra pessoa.
O nome que está ganhando força para assumir a presidência é Kevin Hassett, um economista conhecido por ter sido conselheiro da Coinbase. Isso mostra uma proximidade com o setor das criptomoedas, algo que pode influenciar bastante o futuro do mercado.
Na terça-feira (9), Hassett comentou que há “espaço de sobra” para cortes de juros na economia americana. Essa visão está alinhada com a posição de Trump, que sempre defendeu um cenário monetário mais flexível.
Durante um evento organizado pelo Wall Street Journal, ele foi perguntado sobre como reagiria caso Trump o pressionasse publicamente a cortar a taxa. Ele respondeu que o ideal seria sempre fazer o que é certo. E exemplificou que, se a inflação subisse significativamente, não haveria espaço para cortes.
Hassett, que tem uma trajetória já consolidada no Fed e é bem próximo do Partido Republicano, destaca que seu compromisso é seguir uma abordagem imparcial e técnica. Para completar, ele revelou que tem cerca de US$ 1 milhão em ações da Coinbase e já participou de discussões na Casa Branca sobre como regular o mercado de criptomoedas.
Esses movimentos nos ajudam a entender mais sobre o futuro econômico e as criptomoedas, duas áreas que continuam em constante evolução.
