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Advogada do Faraó do Bitcoin é libertada após 24 horas de prisão

A advogada Kamila Martins Novais foi presa na terça-feira (9) durante a Operação Kryptolaundry, realizada pela Polícia Federal. No entanto, em questão de 24 horas, ela ganhou liberdade após o Presídio Feminino do Distrito Federal, localizado no Gama, receber um alvará de soltura da Justiça.

Kamila é investigada por lavagem de dinheiro e por supostamente fazer parte de uma organização criminosa relacionada à GAS Consultoria, uma pirâmide de criptomoedas vinculada a Glaidson dos Santos, também conhecido como o “Faraó do Bitcoin”. É uma situação preocupante, já que muitos investidores estão envolvidos.

Apesar de já estar sob monitoramento com uma tornozeleira eletrônica, Kamila passou apenas um dia na unidade prisional conhecida como “Colmeia”. A Operação Kryptolaundry é um desdobramento da Operação Kryptos de 2021 e incluiu a execução de 24 mandados de busca e apreensão, além de ter resultado em nove prisões preventivas. Até o momento, 45 pessoas, entre físicas e jurídicas, estão sendo investigadas por captação ilegal de recursos com criptoativos.

A Justiça ordenou o bloqueio de mais de R$ 685 milhões e o sequestro de vários imóveis. De acordo com as investigações, o esquema teria movimentado mais de R$ 2,7 bilhões em um período de cinco anos, prejudicando aproximadamente 62 mil investidores.

Kamila e seu marido, Felipe José Silva Novais, são considerados figuras centrais do que se chamou de “Núcleo Brasília”, responsável pela expansão desse esquema no Distrito Federal. O Ministério Público Federal afirma que o casal movimentou cerca de R$ 281,7 milhões através de empresas utilizadas para lavar dinheiro.

Mesmo após a soltura, Kamila continua sendo alvo de investigações por lavagem de dinheiro, crimes financeiros, falsidade ideológica e participação em organização criminosa.

O Faraó do Bitcoin

A GAS Consultoria atraía seus clientes com promessas de altos retornos provenientes do trade de criptomoedas. Contudo, o modelo de operação se revelou uma pirâmide financeira, o que gerou diverse investigações pelas autoridades brasileiras. Os números relacionados ao esquema são alarmantes, com uma movimentação estimada em R$ 38 bilhões ao longo dos anos.

Glaidson, que se encontra preso desde 2021, ganhou a notoriedade como o “Faraó do Bitcoin”. Sua esposa, Mirelis Zerpa, foi presa nos Estados Unidos e posteriormente extraditada para o Brasil. A situação traz à tona discussões sobre a necessidade de maior regulação e fiscalização no setor, especialmente em um ambiente como o das criptomoedas, que ainda é novo e apresenta muitos desafios.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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