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Bitcoin em 15/12/2025: BTC permanece estagnado com baixa prevista

O preço do Bitcoin começou a semana com um ar de cautela, sendo negociado abaixo de US$ 90 mil. O mercado global está atento a uma onda de dados econômicos que chegam dos Estados Unidos. Após a agitação causada pelo Federal Reserve na semana passada, o Bitcoin não conseguiu retomar seu ritmo. A resistência em torno de US$ 95 mil continua firme, segurando qualquer tentativa de recuperação mais sólida.

No fim de semana, vimos o mercado passar por uma limpeza técnica. Cerca de US$ 289 milhões em contratos de Bitcoin foram liquidados. O curioso é que quase 80% dessas liquidações estavam em posições compradas. Isso ajudou a diminuir a alavancagem que vinha se acumulando nas semanas anteriores e explica o porquê da falta de uma reação otimista imediata.

Além disso, um fator estrutural também chama atenção: o hashrate da rede do Bitcoin caiu aproximadamente 8%, resultado do fechamento de operações de mineração na China. Embora isso possa gerar ruídos inicialmente, é importante destacar que, no longo prazo, esse tipo de queda tende a restringir a oferta marginal. Historicamente, diminuições bruscas no hashrate costumam ocorrer antes de períodos de estabilização nos preços.

Outro dado relevante é o comportamento dos chamados “whales”, ou grandes investidores. As entradas de detentores de grandes quantidades de Bitcoin na Binance foram reduzidas para uma média de cerca de 6,5 mil BTC por ano, um nível que não se via desde 2018. Isso sugere que esses investidores não têm pressa em vender, o que pode indicar uma diminuição na pressão vendedora no curto prazo.

Segundo Timothy Misir, especialista da BRN, o mercado está em um momento de espera. Ele comenta: “A pressão interna diminuiu, mas o preço ainda não convence.” Misir reforça que, mesmo com sinais estruturais melhorando aos poucos, a movimentação futura do mercado vai depender muito mais do cenário macroeconômico do que do próprio mercado de criptomoedas.

Bitcoin Hoje

Com a agenda econômica se apresentando intensamente nos próximos dias, vamos observar indicadores como o CPI, PCE, dados de emprego e as vendas no varejo. Esses dados vão moldar as expectativas sobre as juros. Após o corte promovido pelo Fed, os investidores passaram a focar mais nos números do que nas decisões em si. Surpresas em relação à inflação podem pressionar ativos de risco, trazendo uma aura de tensão.

No aspecto técnico, o Bitcoin está em uma zona sensível. Recentemente, o preço foi rejeitado por uma linha de tendência descendente que está ativa desde outubro. Mike Ermolaev, fundador da Outset PR, explica que a rejeição ocorreu em um ponto estratégico: “Essa linha coincide com a retração de Fibonacci de 61,8% em US$ 94.253”.

Atualmente, o Bitcoin ronda os US$ 89 mil, o que o torna vulnerável. Se a correção seguir, o próximo suporte importante aparece em US$ 85.569. Os indicadores técnicos reforçam um tom defensivo: o IFR diário está abaixo de 50 e o MACD mostra sinais de um possível cruzamento de baixa.

Apesar disso, o cenário ainda está em aberto. Um fechamento consistente acima de US$ 94.253 pode reacender a expectativa de uma alta até US$ 100 mil. O ambiente global também traz um pouco de cautela. Alex Adler Jr, analista da CryptoQuant, ressalta que a próxima semana será crucial para calibrar expectativas, com discursos do Fed e decisões de juros na Europa e no Japão entrando no radar.

A palavra-chave aqui é atenção: “Os mercados aguardam dados do mercado de trabalho, inflação e decisões de bancos centrais”, destaca Adler. Ele também menciona que modelos macro baseados em ciclos do Bitcoin continuam relevantes, ajudando a discernir se o mercado está apenas consolidando ou se está passando por uma transição mais profunda.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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