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B3 prevê lançamento de stablecoin para o primeiro semestre de 2026

A B3, a Bolsa de Valores brasileira, tem planos de lançar sua própria stablecoin até o primeiro semestre de 2026. Essa iniciativa faz parte de um movimento para integrar uma depositária tokenizada com sua infraestrutura tradicional, facilitando a adoção de ativos digitais no mercado de capitais. Luiz Masagão, vice-presidente de produtos e clientes da B3, compartilhou essas informações durante o B3 Day.

A ideia é que os ativos tokenizados possam ser facilmente trocados com os ativos tradicionais já existentes na central depositária, garantindo que os investidores tenham acesso à liquidez do mercado. Masagão enfatizou que a conexão entre as duas depositárias foi uma decisão estratégica para evitar a fragmentação da liquidez. Isso permitirá que aqueles que ainda estão adaptados ao sistema tradicional possam negociar sem dificuldades com aqueles que já utilizam tokens.

Crescimento das Stablecoins no Brasil

Esse movimento surge em um momento em que o mercado global de stablecoins cresce rapidamente, movimentando centenas de bilhões de dólares. Essas criptomoedas estão se tornando populares para pagamentos e liquidação de ativos digitais. No Brasil, o tema ganhou destaque com a entrada de bancos e fintechs, além das discussões regulatórias com o Banco Central e a Receita Federal. Agora, o Brasil conta com pelo menos quatro grandes stablecoins amparadas pelo real, e a Tether (USDT) e o USDC são algumas das mais movimentadas.

Stablecoin: peça-chave na B3

A stablecoin que a B3 planeja lançar é vista como um elemento essencial para a negociação de ativos tokenizados. Para Masagão, essa moeda digital não será apenas um meio de pagamento, mas uma resposta às demandas do mercado por um ativo que facilite transações na economia digital. Ele também mencionou o “emagrecimento do Drex”, o projeto do Banco Central, como um indicativo da necessidade de soluções privadas que atendam a essas demandas.

Ainda segundo ele, a nova stablecoin será independente e deve focar em segurança e credibilidade. O lastro e o nome da B3 funcionarão como garantias, assegurando que ela receba o mesmo cuidado dado a outros ativos financeiros no Brasil. Isso pode aumentar a confiança dos investidores e facilitar a aceitação da moeda digital.

Além dos planos com a stablecoin, a B3 está ampliando sua atuação no mercado de derivativos, com 22 novos produtos previstos para serem lançados entre 2026 e 2027. Esses produtos incluem contratos de petróleo, opções de Bitcoin e derivados de minério de ferro, entre outros. A B3 parece estar se preparando para um futuro dinâmico e inovador no mercado financeiro.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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