Michael Saylor, o criador da Strategy, tem uma visão interessante sobre as moedas que, supostamente, pertencem a Satoshi Nakamoto e outros investidores. Ele acredita que essas moedas estão congeladas para se protegerem contra possíveis ataques de computadores quânticos. Embora essa ameaça ainda pareça um pouco distante, já há discussões sobre como lidar com ela.
Recentemente, um grupo de desenvolvedores divulgou um documento sugerindo que até 25% dos 21 milhões de bitcoins sejam travados. A ideia é impedir que essas moedas possam ser movimentadas com determinados tipos de assinaturas após uma data específica, garantindo assim que fiquem seguras.
Computação quântica: uma nova era para o Bitcoin
O debate sobre a segurança do Bitcoin frente aos avanços da computação quântica ganhou força nos últimos tempos. Empresas como a Microsoft estão fazendo progressos significativos nessa área. Ao mesmo tempo, muitos desenvolvedores estão levando essa questão a sério, preocupados com o que isso pode significar para o futuro da criptomoeda.
Isso acabou provocando um certo pânico entre alguns investidores. Há quem acredite que, se a Coreia do Norte ou outros competidores conseguirem liderar essa corrida, o preço do Bitcoin poderia despencar para US$ 3.
Mas Michael Saylor tem uma perspectiva otimista. Ele pensa que, após toda essa transformação, o Bitcoin poderá sair fortalecido. Segundo ele, os bitcoins que estão em risco — aqueles que não podem ser movidos por serem vulneráveis a ataques quânticos — deveriam ser congelados. Essa superfície de proteção incluiria cerca de 1,1 milhão de bitcoins que pertencem a Satoshi Nakamoto.
Saylor explica isso de forma clara: “A computação quântica não vai destruir o Bitcoin; na verdade, vai torná-lo mais resistente. À medida que a rede se atualiza, as moedas ativas se movem, enquanto as perdidas ficam congeladas. Isso aumenta a segurança e reduz a oferta, tornando o Bitcoin mais forte.”
A repercussão das ideias de Saylor
A postagem de Saylor sobre o tema já atraiu mais de 1 milhão de visualizações e gerou mil comentários. Muitos seguidores concordam com essa abordagem, temendo que as moedas possam ser alvo de hackers. Neste cenário, até um hacker benevolente poderia roubar as moedas, o que resultaria em uma situação semelhante à de congelá-las, mas causando pânico entre os investidores.
Por outro lado, há quem critique essa ideia. Para esses investidores, congelar bitcoins contraria a essência do Bitcoin, que foi criado para ser uma moeda incensurável e resistente com o tempo. Eles defendem que, mesmo que o mercado sofra um impacto negativo a curto prazo, isso não mudaria a história do Bitcoin.
Atualmente, a Strategy possui mais de 671 mil bitcoins em suas carteiras, avaliados em cerca de US$ 58,2 bilhões (ou R$ 321,5 bilhões). A importância desse valor ajuda a entender melhor a posição de Saylor e seu interesse em proteger essas moedas.
Com o crescimento da discussão em torno da computação quântica, é certo que o assunto será revisitado diversas vezes nos próximos anos, à medida que surgirem novas soluções e reflexões sobre a melhor forma de lidar com essa tecnologia emergente.
