Diretor da Fidelity afirma que Bitcoin pode alcançar 75 mil dólares
Jurrien Timmer, o Diretor de Macroeconomia Global da Fidelity, tem uma visão bem clara sobre o futuro do Bitcoin: ele acredita que a criptomoeda pode ter chegado ao fim do seu ciclo de alta de quatro anos. Para ele, é bem possível que o Bitcoin enfrente uma queda, situando-se entre 65 e 75 mil dólares. Essa opinião, no entanto, diverge das previsões de outros especialistas do mercado.
Analistas como Bernstein, Grayscale, Arthur Hayes, PlanB e Changpeng Zhao asseguram que esse padrão de ciclo foi rompido e que o Bitcoin deve seguir em ascendência, com previsões otimistas para 2026.
Fidelity acredita que Bitcoin já atingiu seu topo e terá “ano de pausa” em 2026
A Fidelity, conhecida por ser a gestora do segundo maior ETF de Bitcoin do mercado, o FBTC, que atualmente possui 202 mil bitcoins sob sua gestão, está bastante interessada na saúde do Bitcoin a curto prazo. Jurrien Timmer expressou suas preocupações sobre a moeda digital recentemente.
Ele compartilhou sua análise, dizendo que, mesmo sendo otimista em relação ao Bitcoin a longo prazo, a sensação é de que a criptomoeda pode ter encerrado uma fase importante de halving. Ele explicou que, ao observar os ciclos anteriores, o pico de outubro, que alcançou US$ 125 mil após 145 meses de valorização, se alinha com o que se esperaria historicamente.
Timmer também mencionou que os invernos do Bitcoin, como os períodos de queda significativos, costumam durar em média um ano. Por isso, ele sugere que 2026 pode ser um “ano de pausa” para o Bitcoin, com o suporte previsto na faixa de US$ 65 a 75 mil.
Nos comentários nas redes sociais, houve reação mista. Enquanto alguns seguidores concordaram com a análise, outros levantaram pontos interessantes. Um deles argumentou que esses ciclos eram mais relevantes quando o mercado era dominado por investidores individuais e mineradores. Hoje, no entanto, o cenário é diferente, com um forte envolvimento de instituições e governos.
Outros comentários ressaltaram que, atualmente, o Federal Reserve (Fed) está cortando juros e começando um processo de quantitative easing, o que poderia sinalizar que a alta do Bitcoin ainda está por vir.
Fluxo dos ETFs pode ser determinante para entender próximos passos do mercado
O panorama atual mostra que o mercado de Bitcoin está bastante concentrado nas mãos de empresas de tesouraria e nos ETFs. De acordo com dados do Bitcoin Treasuries, esses grupos controlam cerca de 2,7 milhões de bitcoins, totalizando aproximadamente US$ 237,5 bilhões no mercado.
Na última quarta-feira (17), os ETFs tiveram um grande dia, registrando a maior entrada diária dos últimos 36 dias, principalmente através do FBTC da Fidelity. Porém, na quinta-feira (18), o cenário mudou, com investidores começando a vender suas moedas. Foram US$ 161,3 milhões em saídas, sendo US$ 170,3 milhões provenientes do FBTC, que teve uma perda maior do que as entradas de US$ 32,8 milhões do IBIT da BlackRock, o único ETF com compras.
Esses movimentos ajudam a entender como está o ânimo dos grandes investidores no mercado, que está sempre em ebulição.





