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Fundador da Cardano prevê fim do Bitcoin; “BTC não é autossuficiente”, disse

Em um momento em que o mercado de criptomoedas vive uma montanha-russa, Charles Hoskinson, fundador da Cardano (ADA), fez declarações contundentes que estão sacudindo a comunidade cripto. Hoskinson acredita que o fim do Bitcoin (BTC) está próximo, e suas palavras têm gerado debates acalorados entre investidores e entusiastas.

Bitcoin: uma religião ou um ecossistema?

As previsões de Charles Hoskinson acontecem ao mesmo tempo em que analistas acreditam numa valaorização de 100% do BTC. Segundo ele, o Bitcoin não vai sobreviver a longo prazo.

Para Hoskinson, o Bitcoin é frágil justamente por não ser um ecossistema autossuficiente, mas sim uma espécie de religião. Ele argumenta que a principal criptomoeda do mundo depende de corretoras e outras empresas para operar, enquanto essas mesmas entidades não precisam mais do Bitcoin para existir. “É legal ter um ativo digital como o Bitcoin, que tem essa reputação de ouro digital, mas, no final do dia, é um token com uma política monetária deflacionária. A qualquer momento, algum outro ‘ouro digital’ pode surgir”, afirmou.

Críticas ferozes ao Bitcoin

Essa não é a primeira vez que Hoskinson faz críticas ao Bitcoin. Durante o ciclo de alta de 2021, ele já havia descrito a moeda como “cego, surdo e estúpido”, referindo-se ao Bitcoin como a criptomoeda menos desenvolvida e mais lenta do setor. Em sua opinião, o Bitcoin é incapaz de se adaptar e evoluir para competir com outras criptomoedas mais modernas e eficientes, como o Ethereum.

A visão de Hoskinson para o futuro das criptomoedas

Hoskinson está determinado a provar que sua visão está correta. Ele e sua equipe têm trabalhado arduamente para criar uma criptomoeda que seja segura, energeticamente eficiente e que possua as mesmas propriedades que o Bitcoin. “Eu apenas não vejo como isso sobreviverá. É uma religião, não é um ecossistema”, afirmou. “Então, não, nós não precisamos do Bitcoin necessariamente. O Bitcoin vai ter que crescer e se adaptar caso queira sobreviver no longo prazo.”

Comparações com a Microsoft

Para ilustrar seu ponto, Hoskinson comparou a situação do Bitcoin com a da Microsoft. Ele lembrou como a gigante da tecnologia teve que se reinventar com a chegada dos smartphones e tablets. “Olhe a adoção do Android e iOS contra o Windows em sistemas mobile”, comentou. Ele questiona o que acontecerá quando 98% da atividade do setor estiver fora do Bitcoin.

Cardano: uma inspiração nos primórdios do Bitcoin

Curiosamente, Hoskinson revelou que a Cardano se inspirou muito nos planos de desenvolvimento do Bitcoin dos anos 2012 e 2013. Segundo ele, o Bitcoin poderia ter se modernizado para competir com o Ethereum e outras criptomoedas ‘inteligentes’. No entanto, acredita que o BTC perdeu essa oportunidade, o que abre espaço para outras moedas digitais tomarem a dianteira.

Discordâncias na comunidade cripto

Nem todos concordam com Hoskinson. Michael Saylor, fundador da MicroStrategy, é um dos que defendem que o Bitcoin deve permanecer como está. Saylor acredita que tentar melhorar o que já está bom pode ser o primeiro passo para a destruição do projeto. Ele argumenta que qualquer mudança significativa no Bitcoin pode trazer mais riscos do que benefícios.

O debate sobre o futuro do Bitcoin é intenso e polarizador. De um lado, temos visionários como Charles Hoskinson, que acreditam na necessidade de evolução e adaptação. Do outro, defensores como Michael Saylor, que veem a estabilidade do Bitcoin como sua maior força. Independente do lado que você escolhe, uma coisa é certa: o mundo das criptomoedas nunca está parado, e as próximas movimentações prometem ser emocionantes. O fim do Bitcoin pode não ser iminente, mas a necessidade de adaptação e inovação é uma realidade que não pode ser ignorada.

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Gustavo Morais

Jornalista, com pós-graduação em Produção e Crítica Cultural. Cerca de 20 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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