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Os Bancos Centrais estão realmente comprando Bitcoin?

Você já se perguntou se os bancos centrais estão comprando bitcoin? Essa pergunta intrigante tem uma resposta mais complexa do que parece. Vamos desvendar os mistérios por trás das movimentações dos maiores players financeiros do mundo.

Bancos centrais comprando Bitcoins: Mito ou realidade?

Embora o Federal Reserve dos EUA e outros bancos centrais do G7 não tenham bitcoins em seus balanços, David Bailey, da Bitcoin Magazine, sugere que bancos centrais menores podem estar adquirindo a criptomoeda. Michael Arrington compartilha dessa opinião.

Quando pensamos em bancos centrais comprando bitcoins, El Salvador é um exemplo notável. Porém, apesar do presidente Nayib Bukele ter comprado 5.782 bitcoins com fundos públicos, esses ativos não estão no balanço do banco central, mas no tesouro fiscal do país.

Bailey também citou o banco central do Irã como comprador de bitcoins. No entanto, essa alegação é peculiar, considerando que o Irã enfrenta sanções severas desde 1979 e seus banqueiros centrais declararam a compra de bitcoin como ilegal, exceto para os minerados internamente. A verificação dessa afirmação é difícil, pois o banco central iraniano não lista bitcoin em seus registros públicos.

Outro rumor envolve o banco central do Butão, que supostamente teria confirmado a compra de bitcoins. O país opera uma mina estatal de bitcoin, mas ainda não está claro se os banqueiros centrais realmente adquiriram a criptomoeda.

Governos possuem Bitcoins, mas e os bancos centrais?

Diferenciar a posse de bitcoins por governos da compra por bancos centrais é essencial. O governo dos EUA, por exemplo, possui milhares de bitcoins confiscados em operações legais. No entanto, nem o Federal Reserve nem grandes bancos centrais possuem bitcoin em seus balanços.

Especulações sobre a posse de bitcoins por bancos centrais de países como Suriname, República Centro-Africana, Venezuela, Cazaquistão, São Cristóvão e Nevis, Belarus e Estônia circulam, mas faltam evidências concretas.

Altcoins: A nova aposta dos bancos centrais

Enquanto a posse de bitcoins por bancos centrais ainda é incerta, muitos possuem stablecoins e outros ativos criptográficos. Em vez de adquirir bitcoins, diversos soberanos investiram em altcoins, utilizando blockchains para emitir suas próprias moedas digitais, como o e-CNY chinês, e-Naira nigeriano, ZiG do Zimbábue, JAM-DEX jamaicano e Sand Dollar das Bahamas.

Essas moedas digitais de bancos centrais (CBDC) são passivos diretos dos bancos centrais, o que significa que uma parte desses ativos digitais está, de fato, no balanço dessas instituições. No entanto, esses ativos não são bitcoins.

Em resumo, apesar de algumas agências governamentais possuírem bitcoins e outras criptomoedas, a compra direta de bitcoins por bancos centrais permanece envolta em mistério e especulação. Mas a tendência de adoção de altcoins e stablecoins por essas instituições é um sinal claro de que as criptomoedas estão se tornando parte integrante do sistema financeiro global.

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Gustavo Morais

Jornalista, com pós-graduação em Produção e Crítica Cultural. Cerca de 20 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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