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Começa uma era: Cidade do interior de SP lança primeiro criptomoeda municipal do Brasil

O município de Santo Antônio da Alegria, no interior de São Paulo, fez história ao anunciar a criação da primeira criptomoeda municipal do Brasil. Em parceria com C9 Tech, Tanssi, Polkadot e ICT Inova Brasil, a cidade lançou a “Alegria”, uma criptomoeda projetada para modernizar e agilizar as transações locais. A iniciativa contou com o apoio da ABM (Associação Brasileira de Municípios) e da DINAMO Networks, empresa conhecida por suas soluções de segurança para o PIX.

A “Alegria” será implementada por meio de uma solução integrada que inclui máquinas POS e celulares com NFC, além de um cartão físico com carteira Web3 integrada para os usuários. Esta inovação elimina a necessidade de intermediários tradicionais, como bancos, proporcionando mais eficiência e segurança nas transações.

Benefícios sociais com transparência e eficiência

O projeto da criptomoeda municipal começa com o pagamento de vale-refeição para os funcionários da prefeitura de Santo Antônio da Alegria, com planos de expansão para incluir outros benefícios sociais. Thiago Chaves Ribeiro, CEO da C9 Tech, destacou a importância da tecnologia blockchain para garantir mais transparência e segurança nas transações, conectando diretamente o Estado com os cidadãos.

Cartão da Alegria, primeira criptomoeda municipal do Brasil
(Imagem/Divulgação)

Gabriel Bonugli, Business Developer da Polkadot, ressaltou que a criptomoeda Alegria oferece uma série de tecnologias dinâmicas e adaptáveis, capazes de se conectar a outras redes públicas e privadas, aumentando o valor agregado ao ecossistema local.

Regulamentação e futuro das criptomoedas municipais

Apesar de não haver legislação específica que proíba ou libere a criação de criptomoedas municipais, o projeto de lei 4476/23, aprovado pela Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados, regulamenta a emissão de moedas sociais. Segundo a proposta, as moedas sociais devem ser emitidas como criptomoedas em blockchain e autorizadas pelo Banco Central, indexadas ao real.

O ex-deputado Caio Vianna, autor do projeto, afirma que o sucesso de uma moeda social depende da confiança dos usuários em sua convertibilidade e paridade. Ele acredita que a adoção de tecnologias de registro distribuído, como a blockchain, pode assegurar essa confiança, prevenindo fraudes e promovendo o desenvolvimento local.

Impacto na economia local e inclusão financeira

A criação da criptomoeda municipal em Santo Antônio da Alegria é um marco na economia digital brasileira. Além de modernizar as transações e aumentar a segurança, a Alegria tem o potencial de promover a inclusão financeira e fortalecer a economia local. As moedas sociais, como a Alegria, são projetadas para operar como meio de troca dentro de comunidades específicas, complementando a moeda nacional e impulsionando o comércio local.

Yuri Nabeshima, head da área de Inovação do VBD Advogados, aponta que a regulamentação das moedas sociais representa um avanço significativo na integração da inovação tecnológica no sistema financeiro. No entanto, ele alerta para a necessidade de garantir que o acesso às moedas sociais não seja limitado apenas a quem possui dispositivos eletrônicos, a fim de não prejudicar a circulação da moeda em comunidades mais carentes.

Com a implementação da Alegria, Santo Antônio da Alegria não só moderniza suas transações, mas também serve de exemplo para outras cidades no Brasil, incentivando a adoção de soluções inovadoras e tecnológicas para promover o desenvolvimento econômico sustentável e a inclusão social.

A revolução está acontecendo agora, e Santo Antônio da Alegria está na vanguarda dessa transformação. Não fique para trás, acompanhe de perto essa novidade e veja como a criptomoeda municipal pode mudar o futuro das transações financeiras no Brasil.

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Gustavo Morais

Jornalista, com pós-graduação em Produção e Crítica Cultural. Cerca de 20 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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