A recente queda do bitcoin causou uma onda de pânico e perdas significativas entre investidores, com destaque para um investidor que viu R$ 58 milhões evaporarem. A pressão vendedora, vinda de diversos setores, fez o valor da criptomoeda despencar abaixo de US$ 57.000, gerando um efeito dominó no mercado.
Ação dos governos e mineradores intensifica queda do btc
Após o bitcoin perder o suporte na região dos US$ 60.000, a queda foi intensificada pela venda massiva de bitcoins por governos e mineradores. A Alemanha, por exemplo, está liquidando seus 50.000 bitcoins, avaliados em R$ 16,2 bilhões, aumentando a oferta no mercado. Simultaneamente, os EUA enviaram R$ 1,3 bilhão em bitcoin para a Coinbase e anunciaram a custódia de 213 mil bitcoins, equivalentes a R$ 69 bilhões, em parceria com a corretora.
Os mineradores também contribuíram para a queda. Dados da CryptoQuant mostram que mais de 15 mil bitcoins foram transferidos para corretoras entre segunda e terça-feira, exacerbando a pressão vendedora. A Mt. Gox, corretora que faliu em 2014, também movimentou suas carteiras, realizando testes antes de potencialmente liquidar seus 141 mil bitcoins, avaliados em R$ 45,6 bilhões.
A pressão vendedora e seus efeitos devastadores
A liquidação de bitcoins nas últimas 24 horas atingiu níveis alarmantes. Segundo dados da Coinglass, mais de 100 mil investidores foram liquidados, totalizando R$ 1,6 bilhão em perdas, com R$ 1,4 bilhão em posições compradas. A maior ordem de liquidação individual ocorreu na Huobi, com uma ordem de US$ 10,49 milhões (R$ 58 milhões).
Além disso, os ETFs americanos, que poderiam equilibrar essa balança, não têm apresentado demanda significativa nas últimas semanas, contribuindo para a queda contínua do bitcoin.
Crítico do bitcoin provoca investidores durante a queda
Enquanto investidores sofrem com as perdas, críticos do bitcoin, como Peter Schiff, aproveitam para provocar. Schiff, conhecido por prever a crise de 2008, alertou que a queda do bitcoin pode ser apenas o começo e se tornar histórica. Segundo ele, o suporte crítico da criptomoeda está ameaçado, e se não se mantiver, as consequências podem ser drásticas.
Apesar das críticas, é importante lembrar que, no primeiro semestre de 2024, o bitcoin teve um desempenho superior ao ouro, ativo preferido de Schiff. Esse contraste de resultados alimenta a rivalidade e as provocações entre os defensores das duas classes de ativos.
Reflexão final
A recente queda do bitcoin serve como um lembrete das volatilidades e riscos associados ao mercado de criptomoedas. A ação coordenada de governos e mineradores intensificou a pressão vendedora, resultando em perdas significativas para muitos investidores. No entanto, o mercado de criptomoedas é notoriamente resiliente e capaz de reverter tendências negativas. A queda do BTC, apesar de alarmante, também pode ser vista como uma oportunidade para reflexões estratégicas e ajustes de portfólio.
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