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Bitcoin cai após atingir US$ 110 mil, mas perspectivas permanecem positivas

O preço do Bitcoin (BTC) nesta manhã de 4 de julho de 2025 está em R$ 592.470,13. O BTC chegou a ser negociado por US$ 110 mil, mas não conseguiu sustentar esse valor e agora está cotado em US$ 108 mil, indicando uma leve tendência de queda para o fim de semana.

Panorama Macroeconômico do Bitcoin

André Franco, da Boost Research, comenta que os mercados globais estão enfrentando uma leve retração. Isso se dá em meio a um começo de semana marcado pela cautela. O feriado da Independência nos EUA deixou os mercados de Treasuries fechados, impactando a liquidez.

O dólar está subindo frente ao iene e ao franco suíço, refletindo uma busca por segurança. Enquanto isso, as bolsas asiáticas oscilaram, mostrando equilíbrio entre os preços do ouro e do petróleo, diante de tensões geopolíticas no Oriente Médio e a expectativa de novos dados econômicos dos EUA.

O Bitcoin, por outro lado, subiu para US$ 109.000, impulsionado por um ambiente macroeconômico favorável e pela expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve. A taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu de 4,2% para 4,1% em junho, o que reforça a resiliência da economia americana. Esse dado é positivo e fez com que a urgência por cortes de juros diminuísse.

Apesar de algumas expectativas terem sido postergadas, o interesse por ativos de risco continua forte, especialmente no setor de criptoativos. Somente no segundo dia de negociação de um novo fundo, entraram US$ 602 milhões em Bitcoin e US$ 149 milhões em Ethereum.

A dominância do Bitcoin subiu para 64,6%, um nível que geralmente indica que o ciclo de valorização de altcoins pode estar próximo. Se o BTC se manter próximo aos níveis atuais, muitos acreditam que podemos ver uma “altseason” em breve.

Franco ainda menciona: “Esperamos um fim de semana com baixa volatilidade, a menos que surjam novos eventos macroeconômicos ou geopolíticos.”

A estratégia da BRN sugere uma alocação assim:

  • 10% em caixa para oportunidades.
  • 65% em Bitcoin, considerado um ativo forte.
  • 15% em Ethereum, com aumento recente.
  • 10% em Solana, que promete recuperação.

Análise Técnica do Bitcoin

Paulo Aragão, do podcast Giro Bitcoin, alerta que se o Bitcoin atingir US$ 113 mil, mais de US$ 5 bilhões em posições de venda poderão ser liquidadas. Ele destaca que a resistência acima de US$ 110 mil é robusta e pode dificultar uma alta nos próximos dias.

Mike Ermolaev, analista da Outset PR, também faz um alerta e diz que, se o BTC fechar abaixo de US$ 108.355, poderá buscar um limite inferior em US$ 105.333. Segundo ele, o fim de semana deve ser dominado por ursos, mas não há previsão de queda além de US$ 104 mil.

Guilherme Prado, da Bitget, explica que a proposta do “BITCOIN Act” nos EUA, que visa a alocação de US$ 100 bilhões em compras de Bitcoin, gerou otimismo. Além disso, a oferta monetária global atingiu um recorde, o que pode favorecer o Bitcoin.

ETFs de Bitcoin estão recebendo investimentos significativos, sinalizando a demanda institucional e reduzindo a oferta disponível nas exchanges.

Na análise gráfica, há uma forte concentração de ordens de compra entre US$ 106.500 e US$ 107.300, funcionando como suporte. Resistências importantes estão entre US$ 109.000 e US$ 112.000. Se o preço se mantiver acima de US$ 108.500, pode haver uma busca por US$ 117.000.

Porém, é importante ter cautela devido à volatilidade esperada com dados dos EUA.

Ana de Mattos, analista da Ripio, informa que as próximas resistências estão nas faixas de US$ 111.200 e US$ 112.200, enquanto os suportes são em US$ 104.000 e US$ 101.475.

Crescimento do Interesse em Criptomoedas

Um relatório da Binance mostra que o interesse do mercado por ativos digitais está crescendo, apesar de alguns setores apresentarem resultados mistos. Investidores novos estão se familiarizando com as narrativas de criptoativos, especialmente em ações listadas.

As stablecoins estão em alta e passaram da marca de US$ 250 bilhões. O volume de transações on-chain aumentou significativamente, indicando um ambiente favorável ao uso de criptomoedas.

Além disso, a participação das exchanges descentralizadas (DEX) atingiu um recorde histórico de 27,9% em junho. A PancakeSwap, por exemplo, viu sua fatia de mercado subir de 16% para 42% em um mês.

Cenário Favorável para o Mercado

José Artur Ribeiro, da Coinext, menciona os avanços regulatórios nos EUA, como o STABLE Act e o GENIUS Act, que criam um ambiente mais favorável para o crescimento das criptomoedas. Ele acredita que esse novo cenário, aliado à liquidez em alta e ao enfraquecimento da guerra tarifária, pode resultar em uma capitalização total do mercado próximo a US$ 4 trilhões até 2025.

Ribeiro destaca que, mesmo com instabilidades e cortes de juros menos prováveis, o Bitcoin se mantém forte e busca novos movimentos.

A SEC, por sua vez, vem mostrando uma postura mais aberta ao aprovar ETFs que facilitam o investimento em múltiplos ativos digitais. Isso sinaliza que novos produtos devem surgir, ampliando as opções para investidores.

Dessa forma, o preço do Bitcoin em 4 de julho de 2025 é de R$ 592.470,13. Com esse valor, R$ 1.000 compra 0,0017 BTC e R$ 1 compra 0,0000017 BTC.

Entre as criptomoedas que se destacaram em alta neste dia estão Pudgy Penguins (PENGU), WhiteBIT Coin (WBT) e Tron (TRX), com altas de 2,5%, 1,6% e 1%, respectivamente.

Por outro lado, as que tiveram as maiores baixas foram Pepe (PEPE), Jupter (JUP) e Worldcoin (WLD), com quedas de -7%, -6,8% e -6%.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital que opera de forma eletrônica e é descentralizada, ou seja, sem controle de qualquer instituição. Com um limite de 21 milhões de Bitcoin disponíveis, sua criação foi apresentada por Satoshi Nakamoto em 2009.

Embora a identidade de Nakamoto seja um mistério, muitos veem no Bitcoin uma forma de independência, longe da interferência de governos ou bancos. Cada transação é registrada de maneira transparente em um livro público chamado Blockchain.

O funcionamento do Bitcoin garante que, se alguém tentar modificar uma informação, isso impactará todos os registros subsequentes, tornando fraudes quase impossíveis.

As carteiras dos usuários verificam cada transação, com a segurança garantida por assinaturas digitais. Portanto, os usuários mantêm controle total sobre suas finanças, em um sistema que, embora complexo, é concebido para funcionar de forma acessível e segura.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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