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Suspeito de hackear contas do Banco Central é preso pela polícia

Na quinta-feira (3), a Polícia Civil de São Paulo prendeu João Nazareno Roque, um funcionário da empresa C&M Software, no bairro City Jaraguá, Zona Norte da capital. Ele é suspeito de estar envolvido em um ataque hacker que aconteceu na segunda-feira (30) e que teve como alvo contas reservas no Banco Central, afetando pelo menos oito instituições financeiras. Os criminosos tentaram lavar uma parte do dinheiro roubado usando criptomoedas.

As investigações indicam que Roque facilitou a ação dos hackers ao permitir acesso ao seu computador. Em depoimento, ele revelou ter vendido sua senha por R$ 5 mil a criminosos em maio, e, por mais R$ 10 mil, ajudou a criar um sistema que possibilitou os desvios. Ele afirmou que se comunicava exclusivamente por meio de celular e trocava de aparelho a cada 15 dias para evitar ser rastreado.

Até agora, uma das contas usadas para movimentar os valores desviados, que tinha saldo de R$ 270 milhões, já foi bloqueada. A Polícia Federal continua apurando a participação de outras pessoas nesse esquema que pode ter causado prejuízos de até R$ 1 bilhão.

A Folha noticiou que o Grupo FS classificou essa ocorrência como o maior ataque do tipo registrado no Brasil. Embora a PF não tenha participado diretamente da operação, segue investigando em sigilo.

Como foi o ataque hacker

O ataque à empresa C&M Software levou a Polícia Federal a agir rapidamente, pois resultou no desvio de mais de R$ 1 bilhão de contas reservas do Banco Central. Um dos bancos afetados perdeu R$ 500 milhões.

Os hackers tentaram transformar parte do dinheiro desviado em criptomoedas, como USDT e Bitcoin, utilizando mesas de negociação e exchanges. Felizmente, algumas transações suspeitas foram detectadas pela SmartPay, que bloqueou as atividades e conseguiu recuperar parte dos fundos.

Rocelo Lopes, CEO da SmartPay, explicou que os hackers utilizaram contas novas e “laranjas” para dificultar o rastreamento do dinheiro. A C&M confirmou o ataque, mas não detalhou a extensão dos danos. Enquanto isso, o Banco Central optou por bloquear o acesso da empresa às suas infraestruturas financeiras enquanto as investigações continuavam.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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