CleanSpark chega a 50 EH/s e minera 685 BTC em junho
A produção de Bitcoin da CleanSpark deu um salto incrível de mais de 50% em relação ao ano passado, mesmo enfrentando os desafios que vêm após o halving das mineradoras de BTC. Em junho, a empresa alcançou um hashrate operacional de 50 EH/s, bem acima dos 20,4 EH/s do mesmo período do ano anterior, o que representa um impressionante aumento de 145,1% na capacidade de mineração. No último mês, a CleanSpark conseguiu minerar 685 BTC, o que equivale a uns US$ 74,2 milhões nos preços atuais. Para se ter uma ideia, no mesmo mês do ano passado, a empresa tinha minerado 445 BTC. E para quem não está familiarizado, EH/s significa exa hashes por segundo, uma forma de medir o poder computacional.
Zach Bradford, CEO da CleanSpark, destacou o empenho das equipes, que conseguiram adicionar mais de 10 EH/s de capacidade em quatro estados para atingir essa marca ambiciosa. Ele também mencionou que isso representa um crescimento de 9,6% em relação ao mês anterior.
Em junho, a CleanSpark vendeu 578 BTC, que correspondem à maior parte da produção mensal. Com isso, suas reservas totais somam 12.608 BTC, um leve aumento em relação aos 12.502 BTC de maio, colocando a empresa como a sétima maior detentora de Bitcoin entre as companhias com ações na bolsa, segundo o BitcoinTreasuries.net.
Entre todas as mineradoras de Bitcoin, a CleanSpark está atrás apenas de duas empresas: MARA Holdings e Riot Platforms. A MARA, por exemplo, possui cerca de 50.000 BTC, sendo a segunda maior detentora entre as empresas listadas na bolsa. Já a Riot ocupa a quarta posição, com 19.225 BTC. Bradford pôs em destaque que cada vez mais empresas estão percebendo a importância de ter Bitcoin em seus balanços. Ele notou que as aquisições corporativas superaram os investimentos líquidos em ETFs por três trimestres seguidos.
Ações da CleanSpark caem após atualização de mineração
As ações da CleanSpark na Nasdaq experimentaram uma queda de 8% nesta segunda-feira, acompanhando uma tendência do mercado que, no geral, também estava em baixa. O índice Nasdaq caiu mais de 1%, em meio a conversas sobre acordos comerciais do governo dos EUA.
A dificuldade de minerar Bitcoin alcançou um recorde histórico este ano, chegando a 126,9 trilhões em 31 de maio. Isso traz um desafio adicional para as mineradoras, que enfrentam pressões financeiras, pois as recompensas por bloco estão diminuindo, enquanto a dificuldade da rede aumenta. Esses fatores podem, assim, elevar os custos operacionais e de energia.
Desde fevereiro de 2024, a CleanSpark expandiu suas operações de mineração com novas instalações em estados como Geórgia, Mississippi, Wyoming e Tennessee. Em agosto do mesmo ano, a empresa adquiriu 26.000 máquinas de mineração por imersão da Bitmain, em um negócio de US$ 168 milhões.