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Alerta: formação de cruz da morte pode afetar o Bitcoin

O Bitcoin está prestes a vivenciar um momento que causa muito arrepio nos traders: a famosa “cruz da morte”. Esse termo se refere ao cruzamento da média móvel de 50 dias abaixo da média de 200 dias, um sinal que muitos interpretam como um alerta para uma possível queda no mercado. Mas será que é assim tão simples? O analista Kevin, da Kev Capital TA, sugere que a interpretação nem sempre é tão direta.

Ele destaca que, ao longo dos anos, essa cruz geralmente marca o fim de correções, e não o início de quedas drásticas. Em um vídeo recente, Kevin alertou: “Não se deixe levar pela ideia de que o Bitcoin vai cair 80% por causa da cruz da morte. Isso não aconteceu neste ciclo.” Pra ele, esse tipo de indicador é um retrocesso — ou seja, diz muito sobre o passado, mas pouco sobre o futuro.

Ciclos Diferentes

Kevin analisa o comportamento dos ciclos atuais, que vão de 2023 a 2025. Ele observa que esses ciclos têm mostrado correções longas, que podem durar de 114 a 174 dias. Nesses períodos, a média de 50 dias tende a ficar mais baixa e a cruz da morte aparece. Contudo, ao invés de sinalizar uma tendência de queda, ele acredita que isso indica que a correção está perto do fim.

Ele menciona três cruzamentos anteriores para justificar a crença. Em 2023, logo após uma consolidação quando o Bitcoin girava em torno de US$ 30 mil, a cruz da morte surgiu de fato no ponto mais baixo da correção. Após isso, o Bitcoin subiu de US$ 25 mil a US$ 73 mil, enquanto altcoins tiveram retornos impressionantes, variando de 5x a 10x, segundo ele.

O Passado em Foco

A segunda cruz aconteceu em 2024, logo após o pico de março, antes de uma recuperação impulsionada por questões eleitorais nos EUA e mudanças na política do Fed. Meses antes desse sinal, o Bitcoin já tinha passado por uma queda de 16% em um único dia. Ou seja, o baque já havia acontecido antes do alarde.

O terceiro exemplo, no início de 2025, foi ainda mais evidente: a cruz indicou o fundo de uma correção que foi motivada pelo receio de tarifas e por um movimento de realização após os altos de dezembro. Depois disso, o preço se recuperou rapidamente.

Olhos na Próxima Meta

Para Kevin, o Bitcoin tem o hábito de buscar as médias depois da cruz. O grande desafio agora é o valor semanal de US$ 106,8 mil. Ele afirma: “Se o Bitcoin conseguir fechar acima desse valor, pode muito bem buscar um novo topo histórico.” Porém, se falhar, isso pode indicar que o ciclo de quatro anos não foi suficientemente robusto, criando um cenário onde não há uma verdadeira temporada de altcoins.

Outro ponto que complica ainda mais é que a comunidade tem opiniões divergentes sobre a medição do ciclo — se pelo fundo ou pelo halving. Kevin ainda menciona que baleias, aqueles grandes investidores, estão vendendo, algo que não se via nos topos anteriores. Apesar disso, ele permanece surpreso com a força do preço.

Cenários e Expectativas

A situação é ainda mais complexa quando olhamos para o ambiente econômico. Kevin lembra que estamos em um período de política monetária restritiva. Juros altos estão puxando a liquidez para baixo, e ações de tecnologia estão absorvendo grande parte do apetite por risco.

Ele prevê que a cruz da morte deve surgir entre este sábado e segunda-feira, podendo provocar uma reação técnica rápida. A verdadeira dificuldade será romper a barreira formada pelas médias de 50, 100 e 200 dias. “Se o Bitcoin conseguir superar isso, ele está mirando um novo pico”, conclui Kevin.

Apesar do termo dramático, Kevin tranquiliza: “A cruz da morte que todo mundo teme trouxe, na verdade, os fundos desse ciclo.” Agora, a expectativa gira em torno de como o mercado vai reagir a essa nova aparição e o que ela realmente pode significar.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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