O Bitcoin parece estar passando por um momento de pausa, e isso vem, em parte, por conta das declarações de figuras conhecidas como Robert Kiyosaki, autor de Pai Rico, Pai Pobre. Kiyosaki expressou o desejo de ver uma queda acentuada no valor do Bitcoin, ressaltando que pretende adquirir mais da criptomoeda quando isso acontecer. Ele já investiu quando o BTC estava acima de US$ 100.000 e acredita que o preço pode chegar a US$ 200.000 até o fim deste ano e até US$ 1 milhão em cinco anos.
Esses comentários levantaram discussões no meio dos investidores, mas muitos veem essas quedas como oportunidades de compra, em vez de crises. Em outras palavras, para quem acredita na longevidade do Bitcoin, esses recuos podem ser momentos ideais para entrar no mercado.
Instituições seguem ativas com alta de ETFs e reservas corporativas
Apesar da incerteza recente, a movimentação por parte das instituições financeiras não diminui. De acordo com dados recentes, ETFs de Bitcoin atraíram impressionantes US$ 769,6 milhões na última semana, marcando a quarta semana consecutiva de entradas.
Do lado corporativo, a Metaplanet, uma empresa japonesa, acrescentou 2.205 BTC às suas reservas, agora totalizando 15.555 BTC. Outro exemplo é o Blockchain Group, que também aumentou suas holdings para 1.904 BTC após uma compra estratégica.
Essas ações não são apenas apostas; elas são estratégicas. O mercado está começando a enxergar o Bitcoin como um ativo de reserva de longo prazo. Essa acumulação por parte de instituições está ajudando a criar um suporte contra a volatilidade que vemos no curto prazo.
Destaques recentes de acumulação:
- US$ 769,6 milhões em entradas de ETFs de Bitcoin na última semana
- A Metaplanet agora possui 15.555 BTC
- O Blockchain Group adicionou mais 116 BTC ao seu portfólio
A diferença entre a percepção de curto e longo prazo está se ampliando. Enquanto a primeira ainda mostra cautela, a segunda está aumentando a sua exposição ao ativo.
Perspectiva técnica do Bitcoin hoje e pressões macroeconômicas
Do ponto de vista técnico, o Bitcoin cayó ligeiramente abaixo de uma linha de tendência de curto prazo e perdeu a média móvel simples de 50 períodos, que está em torno de US$ 108.641. Atualmente, a cotação gira em torno do nível de retração de 0,382 de Fibonacci, por volta de US$ 108.482, com o índice de força relativa em um ponto neutro, perto de 45.
Se o Bitcoin fechar abaixo de US$ 108.482, os próximos níveis a serem observados são US$ 107.836 e US$ 107.202, que marcam a retração de 0,618. Por outro lado, caso o ativo consiga se recuperar e romper a barreira de US$ 109.267, podemos ver uma resistência relevante em torno de US$ 109.274.
Níveis essenciais para monitorar:
- Suporte: US$ 108.482, US$ 107.836, US$ 107.202
- Resistência: US$ 109.267, US$ 109.274
- Média Móvel (50 SMA): US$ 108.641
Ademais, as tensões geopolíticas continuam a impactar o humor do mercado. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, informou que tarifas suspensas podem ser reativadas em 1º de agosto, o que traz incerteza para os ativos de risco, incluindo as criptomoedas.
Especialista se mostra otimista com o Bitcoin
Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil, é um dos que vê um futuro otimista para o Bitcoin. Ele acredita que o ativo mantém uma estrutura de alta consolidada entre US$ 107.000 e US$ 110.500. Se o Bitcoin superar essa faixa, ele pode alcançar US$ 123.000 ainda este mês.
Além disso, Prado destaca o aumento da confiança institucional, com grandes investidores acumulando BTC enquanto pequenos investidores realizam lucros. Isso sugere que o Bitcoin está sendo transferido para mãos mais sólidas.
O fluxo contínuo de Bitcoin para ETFs institucionais também é um indicativo de um viés de alta. “Porém, é importante ficar atento”, ele salienta. Abaixo de US$ 107.000, podemos ver liquidações até US$ 102.000. Mas, quem pensar em longo prazo pode encontrar boas oportunidades neste cenário.
