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Arc da Circle integra Fireblocks em meio à disputa das stablecoins

A Circle está dando um passo importante com o lançamento de sua nova blockchain de camada 1, chamada Arc. Essa tecnologia vai ser integrada ao Fireblocks, uma plataforma nova-iorquina que cuida da custódia e tokenização de ativos digitais. O Fireblocks já atende mais de 2.400 instituições, incluindo bancos e fintechs. Embora a Arc ainda não esteja ativa, a Circle planeja lançar uma versão de teste em breve, no outono, com uma versão completa prevista para o final do ano.

O Fireblocks se preparou para oferecer suporte aos clientes na transição para a Arc assim que a rede entrar em operação. O legal é que a plataforma do Fireblocks já abrange mais de 120 blockchains, permitindo que instituições realizem liquidações em mercados globais. O fato de a Arc estrear com essa integração já na sua abertura gerou algumas polêmicas. O pessoal no X, por exemplo, comentou sobre como a Solana, que chegou ao mercado em 2020, só foi adicionada ao Fireblocks quase um ano depois, quando já tinha um ecossistema robusto. Já a Arc terá acesso total desde o primeiro dia.

Avanço das regulamentações de stablecoins nos EUA

Por outro lado, enquanto a Circle se prepara, os reguladores dos EUA estão se movendo em direção a uma regulamentação mais clara para as stablecoins, especialmente após a assinatura da lei GENIUS em julho. A Circle também está se movimentando bastante. Em junho, a empresa fez história ao levantar US$ 1,05 bilhão em sua abertura de capital, tornando-se a primeira emissora de stablecoin a fazer um IPO. As ações começaram sendo negociadas a US$ 69 e chegaram a quase US$ 300 em julho, mas agora estão em torno de US$ 145.

Os resultados do segundo trimestre foram liberados, mostrando uma receita de US$ 658 milhões, o que representa um aumento de 53% se comparado ao ano anterior. O USDC, a stablecoin da Circle, também teve uma circulação impressionante, subindo 90% e alcançando US$ 61,3 bilhões até o final de junho, com números ainda maiores logo em agosto. Além disso, a Circle lançou a Circle Payments Network, que fortalece sua infraestrutura de pagamentos, reforçando a importância da nova blockchain Arc, que foi criada para integrar finanças com stablecoins.

A Arc não está sozinha nessa corrida por inovações; outras empresas também estão desenvolvendo novas tecnologias. A Stripe, por exemplo, se uniu à Paradigm para criar a Tempo, enquanto a Robinhood apresentou sua própria L2 voltada para tokenização.

Concorrência entre stablecoins impulsiona o crescimento do mercado

O mercado de stablecoins cresceu significativamente e hoje vale aproximadamente US$ 277,16 bilhões, um aumento em relação aos US$ 253,87 bilhões registrados no início de julho. O USDC da Circle representa cerca de 25% desse mercado, enquanto a Tether, sua principal concorrente, controla aproximadamente 60%.

A Tether também está em destaque, tendo reportado um lucro de US$ 4,9 bilhões no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 277% em comparação com o ano passado. Esse lucro vem, em grande parte, dos rendimentos de títulos do Tesouro. A Tether se tornou uma das maiores detentoras privada de títulos do Tesouro dos EUA, ultrapassando até países como a Coreia do Sul e os Emirados Árabes Unidos, o que é bastante impressionante para uma empresa privada.

Com tantas movimentações no setor, o mercado de stablecoins promete continuar em crescimento e a competição entre as diferentes plataformas deve aquecer ainda mais as discussões sobre regulamentações e inovações.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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