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Atriz coreana tem pena suspensa em caso de criptomoedas de US$ 3 milhões

A atriz sul-coreana Hwang Jung-eum deixou o Tribunal Distrital de Jeju em lágrimas na última quinta-feira (25). Ela recebeu uma sentença de dois anos de prisão com pena suspensa por ter desviado cerca de US$ 3 milhões de sua própria agência para investir em criptomoedas. A decisão significa que, se Hwang não cometer outro crime nos próximos quatro anos, não cumprirá a pena.

Os promotores haviam pedido uma pena mais severa, de três anos, mas o tribunal decidiu ser mais leniente. Hwang devolveu o montante total que desviou, e, como não tinha antecedentes criminais, isso pesou a favor dela. De acordo com a acusação, Hwang retirou aproximadamente 4,34 bilhões de won (cerca de US$ 3,1 milhões) da sua empresa no início de 2022.

Dessa quantia, a maior parte, cerca de 4,2 bilhões de won, foi diretamente investida em criptomoedas. O restante foi utilizado para saldar impostos e outras despesas através de cartões de crédito. A situação gerou uma discussão sobre como a aplicação das leis está mudando, tanto na Coreia do Sul quanto em outras partes do mundo, especialmente em relação a financiamento envolvendo criptomoedas.

O CTO da Komodo, Kadan Stadelmann, comentou que tanto o Leste Asiático quanto o Ocidente estão se movimentando em direção a um controle mais rigoroso sobre essas transações. Ele acredita que a Coreia do Sul poderia se beneficiar das práticas financeiras dos Estados Unidos, onde a transparência e a responsabilidade em promoções de criptomoedas são exigências.

No caso de Hwang, a empresa envolvida era uma corporação familiar, da qual apenas ela era a artista gerenciada. Durante o primeiro julgamento, realizado em 15 de maio, ela admitiu as acusações e pediu um prazo para devolver o montante desviado. O tribunal foi compreensivo, considerando que Hwang já começou a vender bens pessoais para quitar a dívida.

Até a data do primeiro julgamento, ela já havia restituído cerca de 3 bilhões de won, quitando o restante em parcelas nos meses seguintes. Em sua audiência final, Hwang expressou arrependimento, dizendo que apenas queria trabalhar e viver honestamente, mas acabou se perdendo nos problemas financeiros.

Sua defesa argumentou que os fundos de criptomoedas vieram da sua própria renda como artista e estavam registradas em seu nome temporariamente, uma vez que as empresas não podem manter criptomoedas diretamente. O advogado de Hwang sustentou que os lucros gerados pela agência pertenciam legitimamente a ela, o que gerou muita discussão sobre o controle financeiro e a regulamentação no setor.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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