Um endereço que guardava 479 BTC, o que equivale a mais de US$ 52 milhões (aproximadamente R$ 280 milhões), finalmente decidiu movimentar parte de seu estoque após longos 13 anos parado. Isso foi revelado por dados da blockchain, e a movimentação inclui a transferência de mais de 80 bitcoins, valendo cerca de US$ 8,88 milhões, para novas carteiras.
Esse endereço, que não tinha realizado transações desde 2012, ainda recebia pequenas quantias de BTC ao longo dos anos. Mas, o que chamou atenção foi a recente transferência, que faz parte de um movimento maior entre os chamados “baleias” do Bitcoin — grandes detentores dessa criptomoeda.
Nos últimos meses, muitos desses “baleias”, que têm mais de 1.000 BTC, têm feito trocas por Ethereum ou até mesmo liquidado suas posições. Por exemplo, no dia 29 de agosto, um grande investidor depositou 2.000 bitcoins, avaliados em mais de US$ 216 milhões, na exchange Hyperliquid e começou a trocá-los por Ethereum.
Logo no início deste mês, uma baleia movimentou cerca de 670 BTC, que corresponde a R$ 75 milhões, dividindo essa quantia entre quatro novas carteiras para abrir posições longas alavancadas no Ethereum. Outro caso notável foi o de uma baleia que transferiu 3.000 BTC, totalizando mais de US$ 349 milhões, depois de manter as moedas por uma década.
Em julho, outro grande detentor surpreendeu ao movimentar 80.000 BTC após 14 anos. A corretora Galaxy Digital, uma das instituições mais reconhecidas no mercado de criptomoedas, foi encarregada de executar essa venda, que se tornou uma das transações mais expressivas na história do Bitcoin.
É interessante notar que as baleias nem sempre são investidores individuais. Muitas vezes, são empresas que fizeram mineração de criptomoedas no início de tudo. Quando essas grandes entidades começam a se mover, a expectativa de pressão de venda aumenta, levando os mercados a se prepararem para possíveis lucros. Aliás, muitos especialistas acreditam que essa pressão de venda pode, curiosamente, ajudar a estabilizar os preços e evitar grandes flutuações.
Atualmente, o Bitcoin está sendo negociado a menos de US$ 112 mil, após ter visto uma leve alta de cerca de 1,5% nas últimas 24 horas. Desde que atingiu um pico histórico de US$ 123 mil no mês passado, a principal criptomoeda por capitalização de mercado já caiu mais de 10%. Nos últimos dois meses, o BTC tem oscilado entre US$ 110 mil e US$ 120 mil, mantendo os investidores em alerta.
Uma pesquisa recente revelou que quase 70% das pessoas consultadas acreditam que o Bitcoin pode cair para US$ 105 mil, ao invés de alcançar a marca de US$ 125 mil, que representaria um novo recorde histórico.
