Banco Central se reúne com Binance e associação cripto hoje
Em um cenário onde a regulação de criptomoedas ganha cada vez mais destaque no Brasil, um diretor do Banco Central se encontrou com representantes do setor nesta quarta-feira (24). O objetivo principal? Discutir as diretrizes necessárias para o avanço desse mercado que, por sua vez, tem suas nuances, como as stablecoins.
Gilneu Francisco Astolfi Vivan, que ocupa a Diretoria de Regulação do BC, participou de uma audiência em São Paulo. Ele se reuniu com Thiago Sarandy de Carvalho, que lidera a área jurídica da Binance para o Brasil e El Salvador, além de Victor Henrique Martins Gomes, responsável pela área de Compliance da Binance, e Daniel Paiva Gomes, representante da Associação Brasileira de Empresas Tokenizadoras e Blockchain (ABToken).
A agenda do Banco Central não trouxe muitos detalhes. Foi mencionado apenas que os participantes debateriam “assuntos de regulação”, deixando no ar as expectativas sobre o que pode ser proposto.
No começo deste mês, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, e o diretor responsável pela organização do sistema financeiro, Renato Gomes, indicaram que a regulação das criptomoedas deve ser estabelecida até 2025, com forte foco nas stablecoins. Há uma relevância significativa nessa questão, já que cerca de 90% das transações de criptomoedas realizadas no Brasil envolvem essas moedas digitais estáveis.
Gomes afirmou que as stablecoins serão centralizadas na regulação de ativos digitais, que terá como pontos principais, conduta, governança e segurança, além da supervisão dos emissores. Ele acredita que essa abordagem trará mais segurança para o setor.
Alguns dias antes, Galípolo ainda comentou que as empresas de criptomoedas deveriam ter regras mais claras até o final de 2025. Essa fala surgiu em uma coletiva que tratava das medidas de segurança do sistema financeiro brasileiro, especialmente após recentes incidentes de ataques cibernéticos.
Essas conversas são fundamentais para moldar o futuro do mercado de criptomoedas no Brasil, que caminha para um cenário mais transparente e seguro. Essa mudança pode beneficiar tanto os investidores quanto as empresas do setor, criando um ambiente mais confiável e estruturado.





