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Bancos europeus se juntam para lançar stablecoin em euro

Nove bancos da Europa deram um passo importante para a criação de uma stablecoin atrelada ao euro. O objetivo é criar um sistema de pagamentos que se torne uma opção confiável na região. A novidade foi anunciada nesta quinta-feira, 25, e promete atrair a atenção de todos que acompanham o mercado financeiro.

Os bancos que estão nessa iniciativa incluem nomes como UniCredit, ING, Banca Sella, KBC, Danske Bank, DekaBank, SEB, CaixaBank e Raiffeisen Bank International. Juntos, formaram uma nova empresa que fica localizada na Holanda. Essa cooperação busca colocar o euro em um patamar competitivo com as stablecoins predominantes, que hoje são dominadas por ativos atrelados ao dólar.

A nova stablecoin será regulada pela Regulamentação de Mercados de Criptoativos (MiCA) da União Europeia, com lançamento previsto para o segundo semestre de 2026. O ING, um dos bancos envolvidos, destacou que já está em busca das licenças necessárias para operar sob a supervisão do Banco Central Holandês.

Segundo os representantes do projeto, essa stablecoin pode oferecer uma alternativa real ao mercado de criptoativos que atualmente está sob forte influência dos Estados Unidos. Além de ser uma nova opção de pagamento, os bancos planejam disponibilizar serviços adicionais, como carteiras e custódia para essas moedas digitais.

De acordo com um levantamento feito pelo The Block, o total de stablecoins vinculado ao dólar alcançou 281,7 bilhões de dólares. Para efeito de comparação, o montante de stablecoins em euros na rede Ethereum era de 319,1 milhões na quarta-feira anterior ao anúncio.

Floris Lugt, que lidera a área de ativos digitais do ING, comentou que os pagamentos digitais são fundamentais para construir uma nova infraestrutura financeira em euros, oferecendo maior eficiência e transparência graças à blockchain. Ele ainda reforçou que a padronização entre os bancos envolvidos é crucial para o sucesso da iniciativa.

A regulamentação da MiCA, que entrou em vigor no final do ano passado, visa estabelecer diretrizes claras para criptoativos em toda a União Europeia, regulamentando tanto emissores quanto prestadores de serviços do setor.

Além disso, o consórcio não se limita apenas aos bancos já anunciados; outros bancos também poderão fazer parte desse projeto. Em breve, um CEO será escolhido para liderar essa nova empreitada, que ainda dependerá da aprovação das autoridades regulatórias.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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