O Bitcoin (BTC) está chamando a atenção nas últimas semanas, alcançando marcas históricas que animam os investidores. Na última quarta-feira (13), o Bitcoin fez uma verdadeira escalada, ultrapassando seu antigo recorde de US$ 122,8 mil e alcançando um novo patamar em US$ 124.128, conforme dados de mercado.
Já na manhã de quinta (14), o preço caiu um pouquinho, ficando em US$ 121.729, mas ainda assim, representando uma alta de 1,1% no dia. Quando a gente olha para o valor em reais, o BTC estava sendo negociado a R$ 657.297.
A onda de otimismo no mercado vem da expectativa de que o Federal Reserve dos Estados Unidos deve adotar uma política monetária mais suave. Isso significa que uma possível redução das taxas de juros pode estimular o endividamento e o consumo, algo que, por sua vez, beneficia o mercado de ações e também as criptomoedas.
O analista Pav Hundal, da Swyftx, comentou que não há sinais de que o mercado esteja superaquecido: “As taxas de financiamento estão estáveis nas principais exchanges”. Essa liquidez que está entrando nos ativos mais arriscados está alimentando essa alta.
O cenário técnico também é positivo. David Lawant, da FalconX, observou que as condições atuais são muito fortes, com o Bitcoin mantendo-se perto de suas máximas históricas por várias semanas. Isso cria uma expectativa de que, se a pressão vendedora aliviar, a moeda digital possa ter um novo impulso.
Alta do Ethereum
Quando se fala do Ethereum, a situação é um pouco diferente. O ativo tem tentado se aproximar do seu recorde de US$ 4,8 mil, alcançado em 2021, mas ainda não conseguiu superá-lo. Nesta quinta-feira, o Ethereum estava cotado a US$ 4.753, com um leve avanço de 1,2%.
Uma das razões para essa movimentação no Ethereum, segundo Sean Dawson da Derive, são os Digital Asset Treasuries (DATs), que possibilitam passar adiante os ganhos do staking, algo que os ETFs não conseguem. Isso ficou mais claro depois de uma decisão da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), que isentou o staking das regras de valores mobiliários.
Com esse panorama mais claro e investidores mais confiantes, Dawson acredita que o Ethereum pode não só atingir sua meta de US$ 6.000 até o final do ano, mas talvez até chegar a valores entre US$ 8.000 e US$ 10.000.
Em meio a tudo isso, é importante lembrar que o contexto econômico continua incerto. Pav Hundal fez um alerta sobre a expectativa do mercado em relação a um corte de juros, afirmando que isso pode criar um senso de insegurança. O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) subiu ligeiramente, e isso pode ter impactos que ainda não podemos prever com precisão.
As movimentações do mercado de criptomoedas, como essas que estamos acompanhando, refletem um momento de otimismo entre os investidores, que estão de olho em novas oportunidades para quem busca explorar esse universo.
