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Bitcoin avança para US$ 111 mil impulsionado por ETFs e economia

O preço do Bitcoin (BTC) está, nesta quarta-feira, cotado a R$ 604.411,65. Depois de uma leve correção até os US$ 109 mil, ele deu uma recuperada, alcançando os US$ 111 mil novamente. Mas, mesmo assim, os traders mantêm a cautela em relação a uma recuperação mais firme.

Como anda o mercado?

Segundo André Franco, CEO da Boost Research, os mercados asiáticos estão com baixa volatilidade. Essa estabilidade acontece enquanto todos esperam os resultados da Nvidia, que podem influenciar bastante a disposição dos investidores em ativos mais arriscados.

O câmbio do dólar também está enfraquecido, devido à crise de credibilidade do Federal Reserve. Essa situação veio à tona depois que o presidente Donald Trump tentou demitir a governadora Lisa Cook, o que deixou a galera preocupada com a independência dessa autoridade monetária. Isso gerou um clima de expectativas em relação a possíveis cortes de juros que podem acontecer já em setembro, com projeções que indicam um afrouxamento total de até 100 pontos-base até 2026.

Por enquanto, o mercado aguarda os desdobramentos dos resultados da Nvidia, enquanto o ouro mostra uma fraqueza leve e o petróleo permanece estével. O Bitcoin está com uma leve tendência de alta, alimentada pela fraqueza do dólar e as especulações sobre o corte de juros do Fed, que continuam a atrair o interesse por ativos de risco.

Suporte e Resistência do Bitcoin

Mike Ermolaev, analista e fundador da Outset PR, comenta que o fornecimento global de dinheiro está crescendo em um ritmo incrível. Historicamente, quando isso acontece, o Bitcoin costuma apresentar altas explosivas, e agora a expectativa é ainda maior.

As análises indicam que a resistência do Bitcoin está nas faixas de US$ 114 mil e US$ 116 mil, enquanto ele encontra suporte imediato entre US$ 109,5 mil e US$ 110 mil. Existem ainda pontos de sustentação adicionais em US$ 107 mil e US$ 105 mil. Vale ressaltar que a liquidez do BTC deu uma pequena ajustada para baixo.

A movimentação do capital mostra uma rotação significativa. O open interest do Bitcoin caiu 0,87% nas últimas 24 horas, enquanto o do Ethereum subiu 2,19%. Isso indica que os investidores estão migrando seus recursos. A expectativa para os próximos dias continua incerta, com o mercado atento a fatores geopolíticos e econômicos.

Movimentação dos ETFs e a confiança dos investidores

Os ETFs de Bitcoin trouxeram bons ventos ao registro de entradas, com US$ 219 milhões recebidos no dia 25 e US$ 88 milhões no dia 26. Esse foi um alívio depois de uma sequência de seis dias de saídas líquidas. O Ethereum também se destacou, com entradas de US$ 444 milhões e US$ 455 milhões nos mesmos dias, marcando quatro sessões seguidas de fluxo positivo.

Esse movimento coincidiu com a recuperação dos preços. O Bitcoin conseguiu sustentar a marca dos US$ 110 mil, cotando-se em cerca de US$ 111,4 mil. O Ethereum voltou à faixa dos US$ 4,5 mil, a Solana superou os US$ 200, e o XRP chegou a US$ 3. Os analistas veem essa combinação de fluxos institucionais e compras em correções como um suporte bem-vindo para as cotações.

As tesourarias corporativas também entraram com força na briga. A SharpLink, por exemplo, adicionou 56.533 ETH, perfazendo um total de 797.704 ETH, o que equivale a aproximadamente US$ 3,7 bilhões. Isso mostra como o Ethereum está se firmando como um ativo estratégico nas finanças empresariais.

O governo dos Estados Unidos anunciou que começará a publicar dados econômicos diretamente em blockchain, buscando modernizar e melhorar a credibilidade da sua infraestrutura digital. Essa é vista como uma iniciativa positiva, mesmo que seu impacto inicial não seja imediato.

Mas o panorama político continua tenso, com a governadora do Federal Reserve, Lisa Cook, afirmando que Trump “não tem autoridade para demiti-la” e planeja levar o caso à Justiça. As tarifas comerciais e as negociações com a Índia também estão em destaque.

Timothy Misir, da BRN, alerta que os sinais, embora positivos, merecem atenção cuidadosa. Ele ressalta que os fluxos dos ETFs e as movimentações das tesourarias restauraram a demanda temporariamente, permitindo ao Bitcoin se manter acima dos US$ 110 mil. Contudo, a atividade na rede está desacelerando, e a estrutura dos derivativos segue frágil.

Sobre Ethereum, o momento é mais favorável, impulsionado por entradas robustas em ETFs e demanda firme. Mas, ainda assim, há riscos de vendas, uma vez que os índices indicam uma possível sobrevalorização.

Enquanto isso, a Trump Media anunciou uma parceria com a Yorkville Investment e a Crypto.com, estruturando uma tesouraria de US$ 1 bilhão em CRO, sinalizando um interesse crescente institucional por tokens alternativos.

Análise Técnica do Bitcoin

Paulo Aragão, do podcast Giro Bitcoin, analisa que, ao compararmos os ciclos de mercado, estamos em uma fase semelhante a períodos de alta anteriores, onde o Bitcoin costuma acelerar e alcançar novas máximas.

Históricos mostram que após uma fase de consolidação, o mercado pode entrar em uma forte alta. Essa correlação sugere um cenário potencialmente otimista, caso a história se repita.

Atualmente, no dia 27 de agosto de 2025, o preço do Bitcoin é de R$ 604.411,65. Com isso, R$ 1.000 compram aproximadamente 0,0016 BTC e R$ 1 adquire cerca de 0,0000016 BTC.

As criptomoedas que mais se valorizaram neste dia foram Cronos (CRO), Story (IP) e Solana (SOL), com altas de 40%, 9% e 8%, respectivamente. Enquanto isso, as que estão enfrentando as maiores quedas são Ethena (ENA), Arbitrum (ARB) e XDC Network (XDC), com perdas de -4%, -3% e -2%.

Por fim, o Bitcoin é uma moeda digital que opera de maneira descentralizada. Criada em 2009, sua quantidade é limitada a 21 milhões de unidades, e ela tem ganhado cada vez mais destaque por permitir que os usuários tenham controle total sobre suas finanças, sem a interferência de governos ou bancos.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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