As previsões sobre o preço do Bitcoin estão em alta após a recente máxima histórica registrada na segunda-feira. Uma analista, Katie Stockton, acredita que o Bitcoin pode chegar a US$ 135.000 antes de enfrentar uma correção significativa no mercado. Essa expectativa surge após quase dois meses de estabilização nos preços, que, segundo ela, já parece ter ficado no passado.
Katie, que é fundadora da Fairlead Strategies, comentou que a empresa faz “projeções de movimento mensuradas” a partir de rupturas no mercado. Se a tendência de alta continuar antes de qualquer ajuste, isso colocaria o Bitcoin na faixa dos US$ 135.000 como um alvo a médio prazo.
Além disso, ela mencionou que ações de empresas ligadas ao mercado de Bitcoin, como Coinbase e outras, também devem se beneficiar. “O clima está positivo em todo o ecossistema das criptomoedas”, destacou, citando também o desempenho do Ether e do XRP, outras moedas muito conhecidas.
Expectativas de Outros Analistas
O Bitcoin rompeu um canal lateral que perdurou por várias semanas e atingiu uma máxima histórica de US$ 122.871 na Coinbase. Em seguida, houve uma pequena queda, com o valor se estabelecendo abaixo de US$ 120.000 nas primeiras negociações da manhã de terça-feira.
As previsões de Stockton têm similaridade com as de outros especialistas. Markus Thielen, da 10x Research, comentou que, com base numa ruptura que ocorreu em 10 de julho, normalmente isso leva a um aumento médio de 20% nos dois meses seguintes. Com isso, ele projeta que o Bitcoin pode chegar a US$ 133.000. “Embora esperemos um período de consolidação, depois disso queremos ver um impulso em direção a esse valor”, completou.
Nick Ruck, da LVRG Research, acrescentou que o foco dos investidores está no patamar de US$ 150.000 como o próximo grande marco a ser alcançado. Ele se mostrou otimista, afirmando que acredita na continuidade da trajetória de alta do Bitcoin, desde que não ocorram eventos imprevistos.
Analistas técnicos também apontam entre US$ 132.000 e US$ 138.000 como um “alvo razoável” a curto prazo, antes que a pressão de compra diminua. A quebra do Bitcoin de um padrão que lembra uma “bandeira de alta” sugere uma meta de US$ 130.000.
Participação do Varejo Ainda Em Falta
Após ultrapassar os US$ 120.000, o Bitcoin também rompeu uma linha de tendência de sete anos que funcionava como um forte nível de resistência desde 2018. Nic Puckrin, investidor e fundador do The Coin Bureau, ressaltou que isso é um sinal encorajador, especialmente considerando o cenário atual.
Porém, ele destacou que um ponto importante é que os compradores do varejo ainda não começaram a entrar de forma significativa. “O que está acontecendo agora é impulsionado por capital institucional. Os sinais típicos de envolvimento do varejo, como aumento no tráfego de buscas e nas classificações de aplicativos de criptomoedas, ainda estão ausentes”, explicou. Puckrin acredita que o varejo deve se mobilizar mais intensamente apenas quando o Bitcoin se aproximar dos US$ 150.000, quando a ansiedade de perder oportunidades (FOMO) pode começar a entrar em cena.
O Bitcoin e Seu Espaço no Mercado Global
Esse recente movimento fez com que a capitalização de mercado do Bitcoin chegasse a US$ 2,4 trilhões, permitindo que essa criptomoeda superasse a Amazon e se tornasse o quinto maior ativo do mundo.
No entanto, James Lavish, cofundador do Bitcoin Opportunity Fund, destacou que, quando se considera outras classes de ativos — como ouro, ações, imóveis e títulos — o Bitcoin ainda é relativamente pequeno.
Essas movimentações estão despertando interesse e expectativas no mercado, mas a natureza ainda em evolução do Bitcoin e do ambiente cripto como um todo continua a gerar incertezas, trazendo à luz tanto as oportunidades quanto os desafios que estão por vir.
