Bitcoin e Ethereum em queda após ameaça de Trump à China
Os preços das criptomoedas tiveram uma queda significativa nesta sexta-feira (10), o que também afetou os índices do mercado de ações. A tensão aumentou após a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de elevar as tarifas sobre produtos chineses.
O Bitcoin não ficou de fora dessa movimentação e despencou para menos de US$ 119.000, uma marca que não via desde 2 de outubro. Atualmente, ele está sendo negociado a cerca de US$ 118.140, o que representa uma diminuição de 1,5% nas últimas 24 horas. No Brasil, isso equivale a cerca de R$ 648.379.
Além do Bitcoin, outras criptomoedas como o Ethereum e a Solana também sentiram o impacto, com quedas em torno de 4% nas últimas horas, atingindo preços de US$ 4.107 e US$ 211, respectivamente.
Um dado alarmante do mercado é que, com essa baixa, as liquidações atingiram números expressivos. Em apenas uma hora, foram registrados US$ 459 milhões em liquidações, a maior parte envolvendo posições compradas. No total, quase US$ 773 milhões foram liquidadas nas últimas 24 horas.
Os índices de ações também reagiram mal. O Nasdaq caiu 1,77%, enquanto o S&P 500 e o Dow Jones recuaram 1,25% e 0,83%, respectivamente.
Falas de Trump impactam mercado
Donald Trump fez declarações contundentes em sua plataforma Truth Social, afirmando que um aumento nas tarifas sobre produtos chineses seria, a longo prazo, positivo para os EUA. Ele assegura que essa é uma das várias medidas de retaliação que estão sendo consideradas.
Essa não é a primeira vez que as palavras de Trump provocam reações nos mercados. Em abril, por exemplo, ações dele, durante o “Dia da Libertação”, afetaram 185 países e fizeram o Bitcoin cair 1,1% em apenas uma hora. Naquele período, o S&P 500 perdeu mais de US$ 2 trilhões em capitalização de mercado em um intervalo de 15 minutos.
Desde então, o presidente adotou uma postura oscilante em relação às tarifas, alternando entre aumentos e reduções, com a China sempre na mira.
Atualmente, essa nova ameaça ocorre em meio a uma paralisação no governo dos EUA. Muitas agências federais estão parcialmente fechadas e apenas funcionários considerados essenciais continuam trabalhando. Enquanto isso, o Departamento de Estatísticas do Trabalho está programado para divulgar o Índice de Preços ao Consumidor de setembro de 2025 no dia 24 de outubro, mas outras divulgações ficam suspensas até que o governo retome suas atividades.