Bitcoin em baixa com ETFs acumulando saídas recordes
O cenário dos ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos está agitado. Recentemente, eles tiveram suas maiores saídas em mais de quatro meses. O investidor de criptomoedas, Anthony Pompliano, menciona que esse movimento pode indicar que o preço do Bitcoin está subvalorizado.
Nos últimos cinco dias de negociação, saíram cerca de US$ 1,17 bilhão em ETFs de Bitcoin à vista. Essa é a maior sequência de retiradas desde abril, quando o BTC estava sendo negociado a aproximadamente US$ 79.625. Naquele momento, a criptomoeda estava enfrentando um período de volatilidade, e os dados de movimentos financeiros, como os da Farside e CoinMarketCap, refletem essa inconstância.
Bitcoin pode estar pronto para uma nova alta, segundo Pompliano
Pompliano, em uma entrevista à CNBC, falou sobre a possibilidade de o Bitcoin estar em um ponto crítico. “Com o preço entre 112 e 113 mil, é fácil perceber que está bastante sobrevendido”, disse ele. Ele acredita que os sinais atuais e a proximidade de meses históricos para a criptomoeda, como setembro e outubro, podem ser precursor de um aumento no preço.
Muita gente costuma ficar atenta às movimentações do mercado nesse período. Pompliano comentou que, enquanto em agosto muitos traders não estão tão ativos nas telas, setembro traz uma mudança nessa dinâmica. Esse retorno ao mercado pode ser crucial para um período de compras mais intenso.
Recentemente, o Bitcoin teve um pico em 14 de agosto, quando atingiu novos recordes de US$ 124.128. Porém, o cenário atual é de quedas, com o preço tendo caído cerca de 4,98% nos últimos 30 dias.
Expectativas para o terceiro e quarto trimestres
Historicamente, o terceiro trimestre costuma ser desafiador para o Bitcoin, com um retorno médio de apenas 6,02% desde 2013. Em contraste, o quarto trimestre tende a ser mais promissor, com ganhos médios que chegam a 85,42%. Pompliano sugere que essas expectativas podem levar os investidores a se prepararem para aumentar as compras logo.
“Muitas pessoas acreditam que o final do terceiro trimestre e o começo do quarto trimestre são bons momentos para comprar Bitcoin. Portanto, elas podem agir de acordo com essa crença”, explicou Pompliano, reforçando que a percepção do mercado tem um papel-chave nas decisões dos compradores.
Pompliano acredita que US$ 1 milhão ainda está longe
Mesmo com expectativas otimistas para o futuro, Pompliano não acredita que o Bitcoin chegue a US$ 1 milhão neste ciclo. Ele reconhece que isso pode ocorrer em algum momento à frente, mas se mostra cético quanto a uma enorme valorização imediata.
A especulação em torno da possível redução das taxas de juros pelo Federal Reserve no dia 17 de setembro e o aumento de investidores buscando Bitcoin para seus fundos podem impulsionar a demanda, mas ainda assim, Pompliano mantém pé no chão. “Acredito que o Bitcoin definitivamente atingirá US$ 1 milhão no futuro, mas neste ciclo é bastante improvável”, concluiu.
Essa análise vem logo após Brian Armstrong, CEO da Coinbase, ter compartilhado sua visão de que o Bitcoin pode alcançar essa marca até 2030. O mercado de criptomoedas continua sua dança constante, cheio de oportunidades e incertezas.