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Bitcoin está em bear market? CryptoQuant explica o motivo

A procura por Bitcoin deu uma esfriada nos últimos meses. Dados da CryptoQuant mostram que as participações em ETFs caíram, assim como o acúmulo por grandes investidores e os indicadores de derivativos. Essa mudança, percebida já no início de outubro, indica uma tendência que, historicamente, traz o sinal de um mercado de baixa.

Desde o início de 2023, o Bitcoin teve três momentos de alta na demanda, principalmente por causa do lançamento do ETF à vista nos Estados Unidos e outros fatores como a vitória de Trump nas eleições e o crescimento das empresas que investem em Bitcoin. No entanto, a partir de outubro, essa demanda começou a decair, o que pode impactar o preço da criptomoeda.

Atualmente, o Bitcoin está sendo negociado um pouco acima de US$ 88.000, o que representa uma queda de cerca de 30% em relação à sua máxima histórica, que ultrapassou os US$ 126.000, registrada no começo de outubro. Os ETFs de Bitcoin nos EUA, que eram grandes compradores, tornaram-se vendedores líquidos no quarto trimestre de 2025, com uma diminuição nas suas participações de 24.000 BTC, ou cerca de 2,12 bilhões de dólares. Essa situação contrasta com o ano anterior, quando as participações cresceram bastante.

Outro ponto que chama a atenção é o crescimento abaixo do esperado entre os endereços que mantêm entre 100 e 1.000 BTC. Esse grupo é composto por ETFs e contas corporativas, e a CryptoQuant identificou que a fraqueza nesse segmento reflete uma mudança de tendência que já havia sido notada em 2021, antes do mercado de baixa de 2022.

O preço do Bitcoin também atravessa um momento complicado. O ativo caiu abaixo da sua média móvel de 365 dias, que é um indicador técnico importante, geralmente associada a uma mudança entre mercados altistas e de baixa. Nos ciclos anteriores, essas quedas seguiram períodos de pico na demanda que logo em seguida diminuiu.

Além disso, projeções da CryptoQuant indicam que a mínima do ciclo pode se situar em torno de US$ 56.000, o que significaria uma queda de 55% em relação ao pico histórico e uma baixa de 36% se considerarmos o preço atual. Porém, eles também veem um “suporte de preço intermediário” próximo dos US$ 70.000.

Esse cenário vem após meses de quedas tanto para o Bitcoin quanto para outros ativos importantes, especialmente depois de um evento de liquidação que somou US$ 19 bilhões em outubro. Enquanto alguns analistas continuam otimistas com o Bitcoin até 2026, até sugerindo que os ciclos de quatro anos já não são uma realidade, a CryptoQuant e outras empresas parecem prever que ainda enfrentaremos novos desafios pela frente.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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