Bitcoin like hedge global e ETFs podem atingir US$ 400 bi em 2026
O bitcoin e outros criptoativos estão se preparando para um 2026 cheio de mudanças. A expectativa é que o mercado se torne ainda mais institucionalizado, com a entrada de governos, bancos e outros investidores. Além disso, vamos ver uma ampliação na oferta de ETPs — produtos negociados em bolsa de criptomoedas. Essas informações vêm do relatório “State of Crypto 2025”, produzido pela 21shares, uma das líderes globais em fundos de criptomoedas.
Segundo a equipe de pesquisa da 21shares, o bitcoin pode atingir novos máximos no próximo ano. No entanto, eles destacam que o ciclo clássico de quatro anos do ativo parece ter mudado. Isso acontece porque os ETFs e investidores institucionais estão absorvendo muito mais bitcoins do que o usual, se chegando a seis vezes o que foi minerado no ano.
Essa mudança pode indicar um período de maior liquidez e participação institucional no mercado. Russell Barlow, CEO da 21shares, comenta que cada novo ciclo tem trazido menos retornos explosivos, mas também correções de preços mais contidas. Ele menciona que o halving, embora ainda simbólico, não carrega mais a mesma força de antes.
Outro ponto relevante é que, desde 2024, as quedas do bitcoin em relação a máximos históricos não têm ultrapassado 30%, um contraste com as correções de mais de 60% que vimos em ciclos passados. Essa dinâmica mostra que o bitcoin está se solidificando no mercado, atuando mais como um protector contra volatilidades globais.
Ainda segundo o relatório, o mercado global de ETPs de criptomoedas deve crescer de US$ 250 bilhões em 2023 para US$ 400 bilhões em 2026. Isso é significativo, especialmente considerando que os ETPs gerenciados por instituições nos EUA representam apenas 27% do total. Duncan Moir, presidente da 21shares, destaca a importância das novas regulamentações que estão surgindo pelo mundo.
Em setembro, por exemplo, a 21shares lançou seus primeiros produtos no Brasil, incluindo bitcoin, ethereum, solana, XRP e cardano, seguindo um padrão semelhante ao dos tradicionais fundos de investimento.
O Futuro das Stablecoins e da IA
O relatório também fala sobre o crescimento das stablecoins, que devem saltar para mais de US$ 1 trilhão até o final de 2026. Nos últimos cinco anos, esse mercado cresceu dez vezes e pode ser impulsionado por novas regulamentações na Europa e nos EUA.
As expectativas são igualmente otimistas para as finanças descentralizadas, que podem crescer de US$ 130 bilhões para US$ 300 bilhões, e para a indústria de dados preditivos, especialmente com a aproximação das eleições nos EUA.
No Brasil, a 21shares prevê que US$ 318 bilhões em criptoativos estarão circulando em 2025, sendo que a maior parte será em stablecoins. Esse crescimento se deve, em parte, às mudanças regulatórias de 2023, que deram um novo impulso ao mercado.
Outro aspecto importante discutido no relatório é o uso da inteligência artificial nas finanças. A “IA agêntica”, conceito que promete transformar diversas áreas como pagamentos e transferências, pode se tornar uma realidade em breve. Maximiliaan Michielsen, estrategista da 21shares, menciona que essa evolução permitirá uma gestão mais integrada e eficiente das finanças, conectando diferentes blockchains de maneira mais fluida e menos custosa.
Parece que os próximos anos serão interessantes para o mundo das criptomoedas. Os novos avanços, tanto tecnológicos quanto regulatórios, prometem abrir portas para oportunidades que antes eram inimagináveis.





