Bitcoin pode atingir US$ 150 mil até 2026, aponta análise
O valor do Bitcoin pode chegar a impressionantes US$ 150 mil até o final de 2026, segundo a presidente da Bitcoin Standard Treasury Company, Katherine Dowling. Essa previsão surge em um momento em que o ativo ainda está cerca de 28% abaixo de sua máxima histórica, em meio a um clima de cautela nos mercados globais.
Atualmente, o Bitcoin está sendo negociado na faixa de US$ 90.180, com uma leve queda diária de cerca de 0,6%. Apesar disso, muitos especialistas acreditam que há uma série de fatores que podem dar início a um novo ciclo de valorização para a criptomoeda.
Executiva da BSTR vê alinhamento raro a favor do Bitcoin
Em uma entrevista recente, Dowling expressou seu otimismo sobre o futuro do Bitcoin. Ela destaca que, além de fundamentos sólidos, três fatores cruciais estão em jogo: regulação favorável, afrouxamento monetário e o avanço institucional. Embora o sentimento geral, no curto prazo, seja um pouco defensivo, ela acredita que a estrutura do mercado mudou de forma significativa, especialmente no cenário financeiro dos Estados Unidos.
Marco regulatório reduz barreiras para Wall Street
Um dos principais eventos que pode impulsionar esse otimismo é a aprovação do GENIUS Act pelo ex-presidente Donald Trump. Essa nova lei estabelece um regulamento claro para as stablecoins, diminuindo as incertezas jurídicas no setor de criptomoedas. Além disso, a autorização do Escritório do Controlador da Moeda para que bancos nacionais possam oferecer serviços de corretagem de criptomoedas indica uma crescente aceitação do Bitcoin no sistema financeiro tradicional.
Agora, instituições tradicionais podem enxergar o Bitcoin como um ativo legítimo, não mais fora do sistema regulado. Isso abre espaço para que grandes players entrem no mercado com mais confiança.
Política monetária volta a favorecer ativos de risco
Outro fator a ser considerado é a mudança na política monetária dos Estados Unidos. O Federal Reserve já cortou os juros três vezes neste ano, um movimento que historicamente é positivo para ativos que dependem de liquidez, como o Bitcoin. Em ciclos anteriores, observou-se que o valor da criptomoeda reagiu positivamente a ambientes de juros mais baixos, e essa tendência deve se intensificar com uma base institucional mais forte.
Bancos liberam ETFs de Bitcoin para clientes
Uma novidade que chamou atenção foi a decisão do Bank of America de permitir que seus mais de 15 mil assessores recomendem ETFs de Bitcoin aos clientes. As orientações indicam alocações recomendadas entre 1% e 4% do portfólio, dependendo do perfil do investidor. Isso significa que uma parte dos US$ 3,5 trilhões sob custódia do banco pode ser direcionada aos ativos digitais.
Executivos reforçam projeção de US$ 150 mil para valor do Bitcoin
Na mesma linha, Brian Huang, CEO da plataforma de investimentos Glider, também vê o futuro do Bitcoin sob uma luz promissora. Ele afirma que o corte de juros pelo Fed proporciona um cenário favorável, não só para o Bitcoin, mas também para ETFs de Ethereum. Considerando um quadro geral, ele acredita que o Bitcoin pode atingir US$ 150 mil antes do final de 2026.
Mais do que manchetes, uma mudança operacional
O sinal verde do Bank of America representa mais do que apenas um impacto simbólico — é uma verdadeira mudança operacional dentro de um dos maiores bancos norte-americanos. Ao integrar o Bitcoin em recomendações formais de portfólio, o ativo deixa de ser visto apenas como uma demanda pontual, tornando-se parte da estrutura financeira tradicional.
Esse tipo de adoção tende a ser mais duradouro do que movimentos impulsionados apenas por uma euforia passageira. Para Dowling e outros executivos do setor, a verdadeira transformação não está apenas no preço atual do Bitcoin, mas sim na sua incorporação definitiva ao sistema financeiro convencional.





