Bitcoin pode cair para US$ 10.000, afirma Mike McGlone
Mike McGlone, estrategista da Bloomberg Intelligence, tem uma previsão impactante para o Bitcoin: ele acredita que a criptomoeda pode passar por um grande mercado em baixa. Para ele, o preço poderá descer de impressionantes US$ 100.000 para US$ 10.000, com uma pausa nos US$ 50.000 pelo caminho. Essa não é a primeira vez que McGlone expressa essas ideias. Em setembro, ele já havia mencionado um cenário de queda severa, perto dos 90%.
Essas previsões podem soar repetitivas, mas para McGlone, elas refletem uma convicção profunda. Ele argumenta que existem cerca de 28 milhões de criptomoedas listadas no CoinMarketCap, mas a quantidade de metais preciosos é bem menor. O ouro, por exemplo, tem um valor de mercado de US$ 30,4 trilhões, enquanto a prata está em torno de US$ 3,7 trilhões. Para McGlone, essa escassez é um dos motivos que fazem o valor do ouro se destacar.
David Lin, por outro lado, rebateu essa ideia. Ele enfatiza que, com o Bitcoin, não há como mudar seu limite máximo. Em um panorama onde novas criptomoedas são lançadas continuamente, o Bitcoin ainda mantém sua posição como a moeda mais relevante.
Mesmo com esse debate, McGlone não se esquece de que outras criptomoedas também podem enfrentar dificuldades, e o mercado como um todo pode passar por uma correção significativa.
Estrategista da Bloomberg vê desafios à vista para o Bitcoin
McGlone reconhece que o Bitcoin teve um ótimo desempenho em 2024, impulsionado pelo lançamento de ETFs e pela vitória de Donald Trump nas eleições. No entanto, ele prevê dificuldades à frente. “A primeira parada do Bitcoin deve ser em torno de US$ 50.000”, diz ele, lembrando que essa faixa tem sido um ponto de referência nos últimos anos.
Ele também recorda que fez previsões semelhantes em 2018, quando o preço caiu de US$ 10.000 para US$ 3.000. “Acredito que o mesmo pode acontecer de novo, com uma primeira parada nos US$ 50.000 e, em seguida, uma queda para US$ 10.000”, afirma.
Após encontrar Michael Saylor em um evento, McGlone fez uma observação intrigante: Saylor está muito otimista, defendendo uma valorização de 10 vezes no Bitcoin. Para McGlone, esse otimismo exagerado pode resultar em uma correção severa.
Memecoins: o lado sombrio das criptomoedas
Ele se mostra ainda mais cético em relação às chamadas memecoins, citando exemplos como Dogecoin e Shiba Inu. “A Dogecoin chegou a valer US$ 20 bilhões no ano passado, mas foi criada como uma piada. Agora está com esse mesmo valor, que não faz sentido”, critica McGlone. Ele acredita que ambos poderão despencar até zero. “Muitos no mercado cripto pensam o mesmo. O ideal seria eliminar essas criptomoedas para que o mercado possa se reajustar”, sugere.
Além disso, McGlone acredita que o desempenho do Bitcoin e de outras criptomoedas está intimamente ligado ao que acontece no mercado acionário. A dica dele? Ficar de olho no VIX (Cboe Volatility Index), um indicador que mede a volatilidade do mercado e, muitas vezes, sinaliza momentos de compra. “Sempre que o VIX dispara, como quando chegou perto de 60 no início do ano, é um bom momento para investir em criptomoedas. Da mesma forma, quando ficou perto de 26 semanas atrás, também era uma ótima oportunidade”, recomenda.





