Notícias

Bitcoin pode dobrar se sustentar suporte importante, diz analista

A recente queda no preço do Bitcoin não preocupa tanto, desde que a moeda mantenha seu suporte em torno de US$ 111.800. É o que diz Diego Consimo, CEO e fundador da Crypto Investidor. Apesar de o Bitcoin ter fechado com uma baixa de 1,5% no dia 17 de agosto, logo após alcançar uma nova máxima histórica de US$ 124.000, ainda há espaço para otimismo.

Na segunda-feira seguinte, a situação piorou um pouco, com o preço caindo para US$ 114.640 — o menor patamar em dez dias, de acordo com dados do TradingView. O boletim semanal da QR Asset Management explica que, em parte, essa correção foi causada pela alta inesperada no Índice de Preços ao Produtor (PPI) nos Estados Unidos, que subiu 0,9% em julho, muito acima do 0,2% que os analistas previam.

O aumento no PPI trouxe à tona os efeitos da política tarifária do governo anterior, o que gerou mais tensão no mercado. Os analistas interpretaram esses números como um sinal de que os custos das tarifas e insumos finalmente começaram a pressionar a inflação de maneira prática.

Além disso, as declarações confusas do Secretário do Tesouro, Scott Bessent, sobre possíveis aquisições de Bitcoin pela Reserva Estratégica dos Estados Unidos deixaram os investidores em alerta. Isso resultou na venda de mais de US$ 1 bilhão em posições compradas nos mercados de derivativos de criptomoedas.

As expectativas do mercado agora estão voltadas para o discurso do presidente do Banco Central dos EUA, Jerome Powell, que irá ocorrer no simpósio de Jackson Hole no dia 22 de agosto. Até lá, alguns indicadores, como as vendas no varejo de julho, devem ajudar a moldar a percepção do mercado.

No contexto atual, com a aproximação da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), a expectativa por uma redução nas taxas de juros diminuiu, caindo de 86,4% para 83,2% em apenas uma semana.

Análise do preço do Bitcoin

Diego Consimo acredita que a correção recente do Bitcoin faz parte de um movimento natural de um ciclo que está quebrando padrões históricos. Ele ressalta que o investimento institucional tem ajudado a manter o preço em patamares mais altos, mesmo em momentos de tensão geopolítica, como os conflitos no Oriente Médio.

Ele prevê que esta correção de curto prazo deve se limitar desde que o Bitcoin permaneça acima dos US$ 111.800. Segundo Consimo, estamos vivendo um “super ciclo de alta” que pode continuar até o ano que vem, com possibilidades de atingir entre US$ 160.000 e US$ 220.000.

Para fortalecer essa análise, Consimo menciona um indicador que é considerado bastante confiável. O Pi Cycle Top Indicator, que utiliza duas médias móveis, sugere que ainda estamos longe de um topo histórico, o que reforça a ideia de um ciclo de alta prolongado.

Quando a média móvel de 111 dias cruza acima da média de 350 dias multiplicada por dois, isso costuma indicar que o mercado está superaquecido, sugerindo um bom momento para executar lucros.

Recentemente, alguns analistas apontaram que o topo do ciclo pode ter sido atingido com a nova máxima do Bitcoin. Um trader, que prefere permanecer anônimo, acredita que essa queda de US$ 10.000 desde o pico pode sinalizar o início de um movimento de distribuição, semelhante ao que ocorreu ao final do ciclo de alta de 2021.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo