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Bitcoin pode ser impactado por ouro a US$ 3,5 mil

O preço do ouro atingiu um novo marco impressionante, ultrapassando a marca de US$ 3.500 por onça. Esse aumento expressivo vem de uma expectativa de que o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, pode cortar juros em breve. Com isso, os investidores estão apostando alto na “pedra preciosa”.

Enquanto isso, o Bitcoin, que muitos consideram um “porto seguro” como o ouro, pode estar prestes a dar um grande passo. Historicamente, após a alta do ouro, o BTC tende a responder de maneira surpreendente, trazendo movimentos fortes e voláteis.

O Bitcoin costuma seguir o ouro? Sim!

Vamos dar uma olhada em alguns dados que podem te surpreender. Quando o ouro disparou em agosto de 2011, atingindo US$ 1.921, o Bitcoin conseguiu valorizar cerca de 145% um ano depois. E não foi só isso: em agosto de 2020, quando o ouro subiu para cerca de US$ 2.070, o BTC ganhou 68% em três meses, 286% em seis meses e impressionantes 315% em um ano.

Recentemente, quando o ouro alcançou sua marca recorde, o BTC também não ficou para trás, subindo em torno de 35% nos três meses que se seguiram. Nos ciclos de alta do ouro em 2011 e 2020, o retorno médio do Bitcoin foi de aproximadamente 30% em três meses e 225% em um ano. Isso mostra que, mesmo que o ouro dê o tom no início, o Bitcoin costuma assumir a dianteira depois.

O que explica isso? O ouro é geralmente a escolha dos investidores que ficam mais cautelosos, mas quando os preços começam a subir, a busca por ganhos maiores faz com que muitos migrem para o BTC, que é visto como um “ouro digital”, embora com riscos elevados e promessas de retornos maiores.

Quais são as expectativas para o Bitcoin agora?

Se o padrão histórico se repetir, um ganho médio de 30% após o ouro pode colocar o Bitcoin na faixa entre US$ 135 mil e US$ 145 mil até dezembro, considerando que atualmente ele está próximo de US$ 110 mil.

Porém, as previsões mais ousadas apontam que o preço do Bitcoin pode chegar entre US$ 200 mil e US$ 400 mil ao longo do próximo ano, caso se repitam os ganhos de 145% a 304% observados após os picos anteriores do ouro. Essas expectativas estão alinhadas com visões de alguns analistas, como os do Standard Chartered.

Porém, é sempre bom lembrar que essas projeções dependem muito das condições econômicas. O Fed, as inflação e o mercado de trabalho nos EUA são fatores que podem influenciar esses números. Recentemente, os mercados futuros apontavam para uma probabilidade de 90% de um corte de juros pelo Fed já em setembro.

Um ponto de atenção é que o gráfico semanal do Bitcoin está mostrando uma divergência negativa: enquanto o preço sobe, o indicador RSI está caindo. Esse mesmo padrão foi registrado antes do pico de novembro de 2021, que resultou em uma queda de 70%. Isso tem deixado alguns traders um tanto cautelosos.

Essas informações são importantes para quem está de olho no mercado. O cenário continua em evolução, e o que está acontecendo agora pode influenciar bastante o futuro das criptomoedas e do ouro.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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