Hoje, a DDC Enterprise, uma empresa do setor alimentício, fez headlines ao comprar Bitcoin por um preço médio de US$ 90.764 por unidade. Esse movimento faz parte de um plano mais ambicioso da empresa, que visa adquirir 500 BTC ao longo de seis meses. A CEO, Norma Chu, destacou que essa integração do Bitcoin ao modelo de tesouraria da empresa mostra um compromisso de longo prazo.
Para viabilizar essa compra, a empresa levantou um impressionante montante de US$ 528 milhões, uma das maiores captações já feitas por uma companhia na NYSE com foco em criptomoedas. Essa quantia veio por meio de diversas fontes: US$ 26 milhões via PIPE, US$ 25 milhões em notas conversíveis, com mais US$ 275 milhões comprometidos, além de uma linha de crédito de US$ 200 milhões.
O apoio financeiro contou com nomes como Anson Funds, Animoca Brands e Kenetic Capital. A estratégia da DDC pode colocá-la entre as maiores detentoras de criptoativos do mundo.
Pausa na compra, mas novos planos pela frente
A Strategy, que é a maior detentora de Bitcoin na esfera corporativa, também está chamando a atenção. A empresa fez uma pausa em sua sequência de compras, mas isso parece parte de uma estratégia mais ampla. Eles planejam uma nova oferta de ações (STRD) que pode gerar até US$ 4,2 bilhões. Esses recursos serão usados para futuras aquisições de BTC.
Atualmente, a Strategy possui 597.325 BTC, uma participação de mais de 2,8% de toda a oferta existente de Bitcoin. Mesmo com essa pausa, ainda há uma forte demanda institucional pelo ativo.
Movimentações no mercado de ETFs
Os ETFs de Bitcoin registraram entradas de US$ 790 milhões na última semana, que é um valor inferior à média de US$ 1,5 bilhão observada em junho. Esse recuo é atribuído à incerteza econômica e a uma demanda mais baixa no mercado à vista. Apesar disso, empresas como a Metaplanet continuam comprando durante períodos de menor liquidez, ajudando a manter o preço do Bitcoin acima de US$ 108.000.
Análise técnica do Bitcoin
Ao olhar para a parte técnica, o cenário para o Bitcoin ainda é otimista. O ativo mantém-se acima de uma linha de tendência e da média móvel de 50 períodos, sendo negociado a US$ 108.353. Um gráfico mais detalhado mostra uma reação positiva a partir de US$ 107.490, evidenciando uma pressão compradora.
O Índice de Força Relativa (RSI) está em 57,12, sugerindo que ainda há espaço para valorização. Se o Bitcoin romper a resistência dos US$ 109.727, próximos alvos podem ser US$ 110.561 e US$ 111.523. Enquanto o BTC continuar respeitando sua tendência e média móvel, o viés se mantém altista.
Entretanto, é prudente que traders esperem uma confirmação antes de se comprometerem com novos investimentos. Apesar da hesitação nos ETFs, as movimentações das empresas DDC e Strategy mostram que o interesse por Bitcoin entre investidores institucionais permanece forte. Com um rompimento robusto acima dos US$ 109.000, o terceiro trimestre pode trazer bons ventos para o BTC.
