Bitcoin supera resistência e elimina US$ 500 milhões em shorts
O preço do Bitcoin (BTC) está em R$ 613.397,46 na manhã desta quinta-feira, 10 de julho de 2025. Os otimistas do mercado celebram, já que a criptomoeda chegou a atingir uma máxima histórica de US$ 112 mil, e ainda há expectativas de que possa alcançar US$ 115 mil ao longo do dia.
Bitcoin: Um Olhar sobre a Macroeconomia
André Franco, CEO da Boost Research, comenta que os mercados asiáticos estão em leve alta, impulsionados pela forte valorização das ações de tecnologia, especialmente a NVIDIA, que atingiu uma capitalização de US$ 4 trilhões. Mesmo com as novas tarifas dos EUA sobre o cobre e as incertezas envolvendo semicondutores e produtos farmacêuticos, os investidores parecem menos preocupados, mantendo o apetite por risco.
O dólar se manteve forte, o preço do cobre subiu, e o petróleo entrou em estabilidade, enquanto o ouro teve uma leve queda. O Bitcoin surfou nessa onda de otimismo, quebrando seu recorde histórico e se beneficiando da alta liquidez global, além do crescimento do fluxo institucional para criptoativos e ETFs de Bitcoin.
André alerta que, apesar do cenário positivo, é preciso ficar atento a novas tarifas que possam surgir, especialmente medidas que afetem grandes mercados como a China e a União Europeia, pois isso poderia trazer aversão ao risco de volta.
Análise Técnica do Bitcoin
Na avaliação do analista Nic Puckrin, o recente salto do BTC não era algo inesperado, considerando que o mercado havia mostrado baixa volatilidade nas semanas anteriores. Com o mercado comprimido, era questão de tempo até vermos um movimento mais expressivo. Ele destaca a correlação histórica do Bitcoin com ações de tecnologia, que continua a se firmar.
Puckrin também menciona que uma nova resistência aparece nesta máxima histórica. Se o BTC conseguir romper esse nível, poderíamos ver uma realização de lucros ao redor dos US$ 115 mil. Contudo, ele acredita que este pode não ser o grande rali esperado. Uma correção e negociações mais tranquilas podem ocorrer antes de um novo impulso.
Já Paulo Aragão, do podcast Giro Bitcoin, reforça que a recente alta parece seguir um padrão de continuidade, com potencial para o Bitcoin alcançar entre US$ 124 mil e US$ 128 mil. Ele observa que esse movimento contradiz a ideia de que o BTC havia batido no teto.
Mike Ermolaev, analista da Outset PR, relembra que a ata da última reunião do banco central trouxe um tom mais tranquilo, ajudando a sustentar o preço das criptomoedas. Nos últimos dias, mais de 115 mil traders foram liquidadas, resultando em US$ 533 milhões em perdas, principalmente de apostas contra o mercado.
Entretanto, Ermolaev não espera que o preço do Bitcoin suba até US$ 120 mil, já que a expectativa é de que novas tarifas sejam anunciadas, o que poderia causar receios no mercado. Ele destaca um padrão interessante: desde que Trump assumiu, o BTC tem encontrado dificuldades para romper suas máximas, seguido de correções.
Tesourarias Corporativas em Bitcoin
O setor de tesourarias cripto está passando por uma fase de expansão, especialmente entre empresas que utilizam Ethereum, que registraram um crescimento mensal de 50%. O interesse institucional está cada vez mais diversificado, com destaque para um novo projeto de tesouraria baseado em BNB, apoiado por Changpeng Zhao, da Binance, que já planeja uma futura oferta pública de ações.
Valentin Fournier, da BRN, ressalta que ainda estamos em um bom momento de mercado, com potencial para ganhos, mas é essencial proteger esses lucros futuramente. Ele acredita que a estratégia atual deve ser manter posições agressivas, principalmente com altcoins como Ethereum e Solana, que continuam mostrando força após os recentes fluxos positivos nos ETFs.
Por fim, vale notar outro movimento político interessante: Justin Sun, fundador da Tron, fez uma compra significativa de US$ 100 milhões do token $TRUMP, que pode abrir portas para colaborações mais profundas entre o ecossistema Tron e uma possível nova administração americana.
Atualmente, 65% da carteira da BRN está alocada em Bitcoin. A Ethereum, com o apoio crescente em ETFs, corresponde a 15% do portfólio, enquanto Solana representa 10%. Os outros 10% estão em caixa para garantir flexibilidade.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital que funciona de forma eletrônica e é descentralizada, ou seja, não é controlada por nenhum governo ou instituição financeira. Com uma oferta limitada a apenas 21 milhões de unidades, sua primeira aparição foi em 2009, criada por uma figura misteriosa conhecida como Satoshi Nakamoto.
O benefício mais evidente do Bitcoin é a sua independência. As transações são transparentes e registradas em um livro público, a Blockchain. Essa tecnologia garante que qualquer alteração na transação seja visível, o que torna fraudes quase impossíveis.
As transações em Bitcoin podem levar alguns minutos para serem concluídas, uma vez que cada bloco na rede leva em média 10 minutos para ser minerado. Por isso, é importante que os usuários estejam cientes e tenham paciência com os tempos de espera.
Hoje, o preço do Bitcoin é de R$ 613.397,46, e com isso, R$ 1.000 compra 0,0017 BTC e R$ 1 compra 0,0000017 BTC.
As criptomoedas com a maior alta hoje são Pudgy Penguins (PENGU), Fartcoin (FARTCOIN) e Sui (SUI), com altas de 34%, 11% e 10%, respectivamente. Por outro lado, as que mais caíram são: Tokenize Xchange (TKX), Cronos (CRO) e Aave (AAVE), com quedas de -5%, -1% e -0,1%.