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Bitcoin voltará a cair após alcançar US$ 124 mil?

Bitcoin atingiu uma nova máxima histórica de US$ 124.450 na quinta-feira, mas já apresentou uma leve queda, retornando para US$ 121.670. Esse movimento acendeu sinalizações que podem indicar um possível topo no preço, enquanto os investidores tentam entender se isso é uma correção normal ou se o rali realmente chegou ao fim.

Dados On-chain: O preço do Bitcoin ainda pode subir

Apesar de ter atingido novos altos, o Bitcoin não mostra sinais de esgotamento, de acordo com diversas métricas on-chain. Esses dados indicam que o ativo pode ainda ter espaço para subir mais.

Os indicadores de superaquecimento, como a taxa de financiamento e o fluxo de capital de curto prazo, estão bem abaixo dos níveis que costumam preceder correções. Isso é um bom sinal, uma vez que sugere que a realização de lucros por parte dos traders de curto prazo está limitada, conforme apontado pela plataforma CryptoQuant.

O que isso significa? A taxa de financiamento do Bitcoin, que geralmente sinaliza se o mercado está superaquecido, mostra que, embora haja um aumento nas apostas compradas, essas estão significativamente menores do que em topos anteriores. Isso indica que há ainda espaço para crescimento antes de chegarmos a um ponto de condição excessiva.

Além disso, o indicador Spent Output Profit Ratio (SOPR) dos detentores que vendem a curto prazo (STHs) revela que somente uma fração desses investidores está realizando lucros durante essa alta, mesmo agora que estão em um espaço de lucro novamente. O indicador está em 1,01%, significando que essa realização de lucros está em níveis bem mais baixos do que em meses como março e novembro de 2024.

Os 30 indicadores de pico de mercado de alta da CoinGlass mostram que o Bitcoin ainda não está superaquecido e até projetam preços que podem chegar a US$ 187.000.

Técnicos apontam que “topo pode já ter sido alcançado”

Por outro lado, alguns analistas indicam que o preço do Bitcoin pode ter atingido o pico em US$ 124.000. O popular analista Captain Faibik aponta que, após capturar liquidez nessa alta, o par BTC/USD começou a emitir sinais de baixa, mais especificamente através da formação da “9ª vela de venda TD” no gráfico diário.

A divergência de baixa no índice de força relativa (RSI) mostra um enfraquecimento do momentum. A formação de uma cunha ascendente pode ser um sinal de que a pressão de compra está diminuindo, o que, em muitos casos, antecede uma correção.

Captain Faibik comenta que essa combinação de fatores sugere uma possível aproximação de um rali de baixa.

O RSI do Bitcoin, que mede a força de uma tendência, chegou a altos de 72, 71 e 70 nos gráficos de quatro horas, 12 horas e diariamente, respectivamente, durante essa nova máxima. A retração observada, que levou o Bitcoin de US$ 124.000 para US$ 121.000, parece estar atrelada a essas condições de sobrecompra. Situações parecidas foram vistas anteriormente e acabaram precedendo correções significativas.

Embora esses indicadores estejam alertando para a possibilidade de uma correção no curto prazo, é sempre bom lembrar que as condições de RSI não são garantia de mudanças de tendência. O mercado de criptomoedas é conhecido pela sua volatilidade, e o Bitcoin pode continuar sua trajetória ascendente, especialmente se a demanda institucional aumentar e a oferta monetária continuar crescendo.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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