Brasil é líder em hold de Bitcoin na América Latina, revela Bitso
A Bitso, uma das principais plataformas de câmbio de criptomoedas na América Latina, trouxe uma novidade incrível nesta segunda-feira, 11. Ela lançou a quarta edição do relatório “Panorama Cripto na América Latina”, que analisa as tendências de compra e retenção de ativos no primeiro semestre de 2025. E a leitura desse estudo é fundamental para entender como o mercado cripto está se moldando na região.
O que o relatório mostra? Que estamos vivendo um momento de amadurecimento no mercado cripto, impulsionado pela alta do bitcoin, aumento no uso de stablecoins e uma nova postura dos investidores latino-americanos, que estão mais estratégicos.
No Brasil, o destaque ficou por conta da confiança dos usuários no bitcoin como uma opção de investimento a longo prazo. O país atingiu a maior concentração de BTC em carteiras, com 65% dos ativos dos brasileiros guardados em bitcoin. Isso reforça o status da moeda como reserva de valor. Vale ressaltar que o bitcoin tem apresentado uma valorização contínua, o que atrai cada vez mais pessoas para segurar esse ativo.
Se a gente olhar para o último ano, o bitcoin simplesmente dobrou de valor, superando a rentabilidade de ativos tradicionais aqui no Brasil, como ouro, café e ações da Petrobrás e Vale. Impressionante, não é?
Brasil faz hold de Bitcoin
A Bárbara Espir, Country Manager da Bitso no Brasil, destaca que a escolha dos brasileiros de manter bitcoin em carteira mostra uma confiança crescente no ativo. Isso mostra não só como os usuários estão amadurecendo, mas também que o bitcoin se tornou uma alternativa viável, especialmente em tempos de inflação e volatilidade do mercado local.
Outra novidade é que o uso de stablecoins continua firme e forte no Brasil. O relatório revela que elas já representam 35% das compras, um avanço considerável em relação aos 26% do relatório anterior. E pela primeira vez, o USDC despontou como o ativo mais comprado entre os brasileiros, liderando com 24%. O bitcoin ficou em segundo lugar, com 21%, e ainda teve o USDT com 11% das aquisições. As stablecoins têm se mostrado ótimas para proteção cambial e para facilitar as transações do dia a dia.
A Bárbara ainda complementa: “O avanço das stablecoins na região mostra como os usuários latino-americanos estão cada vez mais familiarizados com as funcionalidades práticas desses ativos, seja para remessas, proteção cambial ou pagamentos diários”.
Principais tendências observadas no relatório
O relatório vai além e traz alguns dados super interessantes. Em maio, o bitcoin atingiu um novo recorde global, superando os US$ 111.970, impulsionado pela entrada de investidores institucionais e pela criação da primeira reserva estratégica de bitcoin por um governo.
As stablecoins se consolidaram como os ativos mais comprados na América Latina, representando 46% de todas as transações na região. Um número que cresceu em relação aos anos anteriores: era 39% em 2024 e 30% em 2023.
Outras criptomoedas também continuam relevantes. O XRP ficou com 12% das compras no semestre, enquanto o ether mantinha sua fatia em 5%. O relatório ainda mostra uma queda no interesse por memecoins tradicionais, como o token Pepe, que perdeu espaço recentemente. Em contrapartida, novas moedas, como a Popcat, estão começando a ganhar destaque.
No Brasil, o par mais negociado foi o BRL/BTC, com 17% do volume transacionado no semestre. Já o par USDT/BRL ficou em terceiro lugar, representando 12%. A Bitso acredita que as altcoins poderão ganhar mais espaço no futuro, especialmente com atualizações na rede Ethereum e possíveis cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos. Esses movimentos podem aquecer ainda mais o mercado de criptoativos, refletindo diretamente nas decisões dos investidores na América Latina.